Publicado em 31 maio 2018
Perguntas e Respostas sobre TABAGISMO
De acordo com a OMS, as doenças cardiovasculares matam mais pessoas do que qualquer outra causa de morte em todo o mundo, e o uso do tabaco e a exposição ao fumo passivo contribuem para aproximadamente 12% de todas as mortes por doenças cardíacas, ou seja 1 de cada 8 mortes de doenças do coração.
De acordo com a OMS, as doenças cardiovasculares matam mais pessoas do que qualquer outra causa de morte em todo o mundo, e o uso do tabaco e a exposição ao fumo passivo contribuem para aproximadamente 12% de todas as mortes por doenças cardíacas, ou seja 1 de cada 8 mortes de doenças do coração. O uso de tabaco é a segunda principal causa de doenças cardiovasculares, após a hipertensão arterial.
– 25% (1/4) por angina de peito e infarto agudo do miocárdio (IAM)
– 25% pelo acidente vascular cerebral (AVC).
Fumar dobra o risco para quadros demenciais e doença de Alzheimer.
Os dados do Brasil são alarmantes, em termos de saúde pública:
Em 2013, 4,2% (6,1 milhões) de pessoas de 18 anos ou mais de idade tiveram algum diagnóstico médico de alguma doença do coração (PNS: Pesquisa Nacional de Saúde, IBGE, 2013).
Em 2013, 1,5% dos entrevistados pela PNS referiu diagnóstico de AVC ou derrame, representando, aproximadamente 2,2 milhões de pessoas de 18 anos ou mais de idade.
O custo da assistência médica para as doenças cardíacas associadas ao tabagismo foi estimado em mais de 10 bilhões de reais, enquanto para o AVC foi de 2 bilhões; para ao DPOC de aproximadamente 16 bilhões; em um custo total – incluindo o câncer e outras doenças, que alcança a impressionante cifra de 56 bilhões de reais.
Sim, todas as formas de tabaco fazem mal à saúde, inclusive os novos produtos denominados cigarros eletrônicos e cigarros aquecidos que a indústria do tabaco diz serem mais seguros, não nos enganemos, de novo.
Equivalências de charutos, cachimbo para consumo de cigarros
1 cachimbo = 2,5 cigarros
1 charuto = 4 cigarros
1 cigarrilha = 2 cigarros
1 cigarro de palha = 3,6 cigarros
Roll-ups (cigarros de palhas) – depende da quantidade em gramas do fumo picotado enrolado na palha
– Podemos adotar que em média, 1 cigarro de palha corresponda a 3,6 cigarros manufaturados
10 a 25g/dia = aproximadamente de 21 a 50 cigarros por semana
25 g por semana = aproximadamente 7 cigarros por dia
50 g por semana = aproximadamente 14 cigarros por dia
A fumaça produzida pela combustão do tabaco libera mais de 7 mil substâncias químicas, entre partículas, gases e radiação térmica e ionizante, entre as quais destacam-se a nicotina – princípio ativo que gera a dependência física no consumo de tabaco -, alcaloides do alcatrão que incluem hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, nitrosaminas nicotínicas, metais pesados, acetaldeído, irradiação de calor e de plutônio 210, dentre outros, gerados pela combustão incompleta do tabaco. A queima do cigarro gera constituintes tóxicos que estão presentes em diversos tipos de produtos utilizados para diferentes fins, industriais ou domésticos, embora não tenha especificamente a pólvora. O tabaco gera, em sentido de analogia, microminas atômicas prestes a explodir em algum momento da vida, em algum território nobre do corpo humano.
Sim, as pessoas expostas à fumaça ambiental do tabaco têm o risco aumentado entre 25-30% para DIC fatais e não fatais. Pesquisa nos EUA, mostrou que após a lei antifumo houve uma queda de 1/3 na incidência de Infarto Agudo do Miocardio e de 1/5 de redução na incidência de morte súbita quando comparado ao período anterior em que se podia fumar em ambientes fechados.
A fumaça da ponta acesa do cigarro tem maior teor de alcatrão, monóxido de carbono, nicotina e outras substâncias tóxicas do que a fumaça exalada pelo fumante.
Parar de fumar é a medida mais efetiva para evitar o desenvolvimento de doenças cardíacas. Oferecer o tratamento para a cessação do tabagismo é fundamental para prevenir as doenças cardiovasculares (DCV). O risco de um evento cardíaco agudo é reduzido pela metade após um ano de abstinência do tabaco e se iguala ao da população não-fumante após 15 anos sem fumar.
– Há risco de DIC em todos os níveis de consumo, assim mesmo que a pessoa fume menos de 5 cigarros/dia há aumento do risco para DIC.
– A razão de chance para o infarto agudo do miocárdio (IAM) é 3 vezes maior em fumantes comparados aos não-fumantes. O risco para ter um IAM aumenta em 9 vezes nos fumantes de mais de 40 cigarros/dia.
O Brasil oferece tratamento para ajudar o fumante a parar de fumar na maioria dos municípios, em postos e centros de saúde e nas unidades de saúde da família, o tratamento é gratuito, com o apoio de equipes de saúde treinadas, oferecendo apoio comportamental, cartilhas e medicamentos a base de comprimidos de bupropiona e adesivos e gomas de nicotina, de acordo com as necessidades da pessoa.
Atualmente há um novo número para ajudar a pessoa a encontrar um local para se tratar, Disque Pare de Fumar: o atendimento aos fumantes que desejam parar de fumar será feito através do Disque-Saúde (0800 61 1997), opção: discar 2, após o atendimento da telefonista.
No contexto de queda da prevalência de fumantes no Brasil, para um percentual atual 10,1%, uma grande parte dos tabagistas necessita ajuda para deixar de fumar, portanto a chance de parar com ajuda profissional, apoio comportamental e ou medicamentos é muito maior do que tentar sozinho.