Glossário B
Biópsia pleural com agulha é a retirada de um pequeno fragmento de pleura que reveste a caixa torácica com uma agulha própria (Agulha de Cope).
Este procedimento é realizado sem a necessidade de internação e com anestesia local. A agulha de biópisa é introduzida por meio de um pequeno corte na pele e de punção torácica. A biópsia pleural aumenta as possibilidades de conseguir o diagnóstico de doenças da pleura.
Biópsia pulmonar a céu aberto é a retirada de um fragmento de pulmão por meio de uma cirurgia chamada de toracotomia. Toracotomia é a abertura cirúrgica da cavidade torácica com finalidade diagnóstica ou terapêutica, onde há necessidade de internação e anestesia geral.
No pós-operatório pode ser necessário a colocação de 1 ou mais drenos de tórax para permitir a expansão total do pulmão e a saída de ar e sangue da cavidade torácica.
A indicação diagnóstica da toracotomia tem diminuído muito com o progresso de outros métodos menos invasivos(broncoscopia, vídeobroncoscopia, toracoscopia vídeoassistida, tomografia computadorizada, entre outras), mas ainda existem situações que fazem a toracotomia necessária para realizar a biópsia pulmonar a céu aberto, e assim chegar ao diagnóstico da doença.
Conceito
As bronquiectasias são dilatações irreversíveis dos brônquios devido a lesões permanentes dos tecidos de sustentação da sua parede e mucosa. Desta forma, o brônquio perde suas funções e acumula secreções que facilitam infecções repetidas. Estas dilatações podem ser de origem congênita ou adquirida (infecções de repetição, por exemplo). O formato das bronquiectasias pode ser de diverso (cilindros, varizes, sacos e cistos).
Sintomas
A característica marcante das bronquiectasias é a tosse com expectoração abundante e persistente. Quando a expectoração é muito espessa, ao ser eliminada ela se apresenta como molde dos brônquios. O odor costuma ser fétido. Pode ocorrer a presença de sangue, geralmente em pouca quantidade, mas quando acontece em grande quantidade pode colocar a vida do paciente em risco.
Diagnóstico
O diagnóstico é principalmente por exames de imagem, através de radiografias contrastadas (broncografias – pouco utilizadas atualmente) ou tomografia computadorizada de tórax.
Tratamento
A principal forma de tratamento é conservadora, com tratamento clínico (medicamentos como antibióticos, mucolíticos ou fluidificantes das secreções) e principalmente fisioterapia respiratória, que permite uma tosse eficaz e a drenagem das secreções formadas. Isto evita as infecções de repetição e a progressão da doença. Alguns casos mais graves, que não respondem ao tratamento clínico ou apresentam complicações, principalmente sangramento, podem ser submetidos à tratamento cirúrgico.
Conceito
Doença aguda produzida por vírus, principalmente o Vírus sincicial respiratório, que provoca inflamação e obstrução dos pequenos bronquíolos. Afeta principalmente lactentes e crianças de até 3 anos de idade. Ela começa como um resfriado comum e após aproximadamente três dias, surgem acessos de tosse semelhantes à da coqueluche, conhecida também como tosse comprida.
Sintomas
Os sintomas gerais são irritação, insônia, falta de apetite, vômitos e febre pouco intensa. O quadro respiratório é principalmente a falta de ar (dispnéia) com respiração muito rápida, chiado no peito (sibilos) e às vezes cianose. Pode ocorrer desidratação, pela incapacidade da criança ingerir líquidos, pelo vômito, ou pelo aumento da perda de água pelos pulmões, devido à elevada freqüência respiratória. Quando a freqüência respiratória for superior a 60 movimentos respiratórios por minuto, o quadro é grave. A desidratação aparece.
Tratamento
A internação hospitalar da criança torna-se necessária quando a falta de ar for muito forte. Oxigênio, broncodilatadores, corticóides, sedativos e às vezes antibióticos são necessários no tratamento. Nos casos graves, poderá ser utilizada a respiração mecânica em UTI.