Glossário P
O exame, padrão ouro para investigação de refluxo gastroesofágico, consiste na colocação de uma “sonda” que vai até o estômago do paciente, passando por uma das narinas. Fica fixado nas narinas para não sair da posição adequada e possui um sistema de registro (gravação) para documentar por 24 horas os achados.
São avaliados a acidez e a força de contração do esôfago. Os eletrodos são posicionados próximos à cardia (válvula que separa o esôfago do estômago) e próximos à garganta.
O paciente deve manter a rotina nas 24 horas em que os registros são feitos.
Conceito
A pneumocistose é a infecção oportunista mais comum do aparelho respiratório em pacientes com SIDA. É produzida por um fungo chamado Pneumocystis carinii, pelo qual também é chamada de pneumonia por Pneumocistis carinii.
Sintomas
Embora alguns pacientes não apresentem sintomas, a maioria deles manifesta cansaço, dispnéia, perda de apetite, tosse seca e febre alta. Quando não tratado pode evoluir com cianose, grave insuficiência respiratória, e até mesmo a morte.
Tratamento
O tratamento é realizado com medicamentos próprios receitados pelo médico, e com freqüência há a necessidade de oxigenioterapia e tratamento em UTI.
Conceito
Pneumonia é uma inflamação do parênquima pulmonar, ou seja, da parte distal dos pulmões (vias aéreas terminais, alvéolos e interstício).
Este processo se instala quando um micro-organismo alcança o pulmão e a pessoa apresenta diminuição dos seus mecanismos de defesa. O agente causal pode ser bactéria, vírus, fungo, protozoário, helminto, fenômenos tromboembólicos, imuno-alérgicos, obstrutivos broncopulmonares e outros.
É importante determinar, quando se diagnostica pneumonia, se a pessoa tem mais de 60 anos e/ou se apresenta outra doença debilitante já existente, que permitirá definir sua gravidade, e se o tratamento deve ser realizado em casa ou internado no hospital.
Broncopneumonia é outro termo usado para definir o aspecto radiográfico da pneumonia (de várias imagens nodulares em um ou ambos pulmões, diferente do aspecto clássico da pneumonia, que é uma opacidade mais ou menos homogênea e localizada em um lobo ou segmento pulmonar, quando examinada uma radiografia dos pulmões).
Sintomas
Os sinais e sintomas de uma pneumonia bacteriana variam amplamente em relação a vários fatores, principalmente a natureza do agente causal e o estado prévio de saúde do paciente.
Quando a pessoa é previamente saudável, sem outros problemas de saúde, geralmente inicia sua pneumonia com breves sintomas em vias aéreas superiores (coriza, dor de garganta e espirros), seguidos de calafrios e febre, dor torácica e tosse, às vezes com hemoptise. O exame clínico do médico, uma radiografia de tórax e alguns poucos exames de laboratório geralmente confirmam com facilidade o diagnóstico de pneumonia.
Porém, no outro extremo, um paciente idoso, com doenças prévias já existentes (cardiológicas, diabetes mellitus, desnutrição, câncer etc.) pode ter uma aparência decaída, desorientada, e seus exames clínico, radiológico e de laboratório, também em forma pouco definida, levam ao diagnóstico de pneumonia.
Tratamento
A maioria dos pacientes com pneumonia poderá ser tratada em seu domicílio.
Exige-se hospitalização de pacientes em estado grave que precisam de cuidados especiais e medicação endovenosa, de portadores de outras doenças debilitantes e daqueles cujas condições domiciliares não permitem o tratamento adequado.
O repouso no leito é importante. A dieta é livre, aumentando a ingestão de líquidos, calorias e proteínas.
A medicação, principalmente antibiótica, deve ser prescrita pelo médico responsável de acordo com o quadro clínico, radiológico e dos exames de laboratório.
Às vezes, há necessidade de oxigenioterapia e eventualmente atendimento em UTI.
Conceito
Pneumopatias intersticiais são um grupo numeroso de doenças que apresentam infiltração do interstício alveolar (espaço localizado entre as células alveolares e endoteliais) de diversas causas.
A infiltração do interstício alveolar é visível ao exame radiográfico, altera a difusão ou troca de gases por meio da membrana alvéolo-capilar e provoca dispnéia (falta de ar) progressiva.
Esta doença apresenta outras denominações como:
Fibrose pulmonar difusa: é uma denominação insuficiente, devido às numerosas causas que apresenta.
Síndrome de Hamman Rich: é apenas um tipo de pneumopatia intersticial.
Alveolite fibrosante difusa criptogenética: mais usado por autores britânicos, não é aplicável a todos os casos.
A pneumopatia intersticial pode surgir em numerosas condições, sendo as principais:
• Doenças granulomatosas como tuberculose, sarcoidose e micoses pulmonares; doenças do colágeno como esclerodermia, doença reumática etc.
• Pneumoconioses, ou seja, doenças produzidas pela aspiração de poeiras como a silicose.
• Linfangite carcinomatosa, que aparece em alguns tipos de câncer.
• Pneumonite actínica, uma complicação da radioterapia.
• Fibroses provocadas por medicamentos como amiodarona e difenilidantoína; algumas fibroses de causa desconhecida como a síndrome de Hamman Rich e a alveolite fibrosante difusa criptogenética.
• Outras doenças de causa indeterminada como microlitíase, hemosiderose, histiocitose X, proteinose alveolar etc.
Sintomas
Inicialmente, o paciente manifesta dispnéia (falta de ar) leve, que progressivamente vai aumentando. Alguns pacientes apresentam tosse seca e às vezes dores articulares.
Em fases mais avançadas, aparecem outros sintomas como cianose mais ou menos persistente e dispnéia muito intensa.
Tratamento
Os corticóides são os medicamentos mais usados no tratamento das pneumopatias intersticiais. Também são usados outros medicamentos como ciclofosfamida, levamisole etc.
Quando a causa é identificada, deve-se utilizar o tratamento adequado para a mesma. A oxigenioterapia domiciliar é indicada para pacientes que apresentam dispnéia e cianose persistentes.
Quando o tratamento medicamentoso não resolve o problema, cabe avaliar a indicação de transplante pulmonar.
Todas estas possibilidades devem ser indicadas e acompanhadas pelo pneumologista.
Prognóstico
O prognóstico depende da causa da pneumopatia intersticial. Para determinar esta causa, a biópsia pulmonar a céu aberto é o exame mais importante.
Alguns outros fatores relacionados ao melhor prognóstico incluem: faixa etária mais baixa, sexo feminino, pouca dispnéia e não-fumante.
Conceito
Pneumotórax significa presença de ar na cavidade pleural. Acontece pela ruptura da pleura parietal e/ou da pleura visceral, que aumenta a pressão intrapleural e provoca colapso pulmonar mais ou menos intenso.
As principais formas de pneumotórax são:
• Espontâneo: atinge pessoas saudáveis e não tem causa aparente.
• Traumático: aparece como conseqüência de traumatismo com ou sem fratura de costelas ou de uma cirurgia.
• Secundário a outra doença: como enfisema pulmonar, tuberculose, pneumonia, câncer, doença fibrocística etc.
• Hipertensivo: um mecanismo de válvula unidirecional permite só a passagem de ar do pulmão para a pleura, levando ao colapso total do pulmão com grave insuficiência respiratória.
• Hidropneumotórax: quando além de ar acumula-se um líquido, que pode ser seroso, sanguíneo ou purulento.
Sintomas
Consideraremos o pneumotórax espontâneo idiopático: isto é, ele não possui causa aparente conhecida, mas que está freqüentemente associado a bolhas que aparecem no enfisema pulmonar.
Começa subitamente com dispnéia, tosse seca e dor torácica no lado afetado, que piora com a tosse. Às vezes está associado a algum esforço brusco ou acesso de tosse. Dependendo da quantidade de ar acumulado, os sintomas serão mais intensos e na forma hipertensiva (quando há pressão muito alta na cavidade pleural, chega a provocar intensa dispnéia e até cianose e queda da pressão arterial).
Ocorre principalmente em jovens e é mais freqüente no pulmão direito. Em 10% dos casos pode repetir após um tempo variável de meses ou anos.
Tratamento
O paciente deve permanecer em repouso absoluto, semi-sentado no leito e impedido de falar (a fala funciona como um instrumento de sopro e aumenta o pneumotórax).
Dependendo da intensidade do quadro, o médico pode optar por um tratamento conservador ou algum tipo de cirurgia, que pode ser uma toracocentese, uma drenagem pleural ou até uma toracotomia.
Provas de função pulmonar determinam a quantidade de ar que uma pessoa expira e a rapidez dessa expiração.
As provas auxiliam no diagnóstico de doenças pulmonares como asma, bronquite crônica e enfisema. Podem também ser utilizadas para acompanhar o tratamento destas doenças, assim como identificar a causa da dispnéia.
Estas provas são realizadas com aparelho chamado espirômetro, que registra o volume e o fluxo de ar que os pulmões podem expirar.