SOPTERJ: Glossário P

Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro

Espaço Respirar

Glossário P


pHmetria e Tonometria Esofágica

O exame, padrão ouro para investigação de refluxo gastroesofágico, consiste na colocação de uma “sonda” que vai até o estômago do paciente, passando por uma das narinas. Fica fixado nas narinas para não sair da posição adequada e possui um sistema de registro (gravação) para documentar por 24 horas os achados.

São avaliados a acidez e a força de contração do esôfago. Os eletrodos são posicionados próximos à cardia (válvula que separa o esôfago do estômago) e próximos à garganta.

O paciente deve manter a rotina nas 24 horas em que os registros são feitos.

Pneumocistose

Conceito

A pneumocistose é a infecção oportunista mais comum do aparelho respiratório em pacientes com SIDA. É produzida por um fungo chamado Pneumocystis carinii, pelo qual também é chamada de pneumonia por Pneumocistis carinii.

Sintomas

Embora alguns pacientes não apresentem sintomas, a maioria deles manifesta cansaço, dispnéia, perda de apetite, tosse seca e febre alta. Quando não tratado pode evoluir com cianose, grave insuficiência respiratória, e até mesmo a morte.

Tratamento

O tratamento é realizado com medicamentos próprios receitados pelo médico, e com freqüência há a necessidade de oxigenioterapia e tratamento em UTI.

Pneumonia e Broncopneumonia

Conceito

Pneumonia é uma inflamação do parênquima pulmonar, ou seja, da parte distal dos pulmões (vias aéreas terminais, alvéolos e interstício).

Este processo se instala quando um micro-organismo alcança o pulmão e a pessoa apresenta diminuição dos seus mecanismos de defesa. O agente causal pode ser bactéria, vírus, fungo, protozoário, helminto, fenômenos tromboembólicos, imuno-alérgicos, obstrutivos broncopulmonares e outros.

É importante determinar, quando se diagnostica pneumonia, se a pessoa tem mais de 60 anos e/ou se apresenta outra doença debilitante já existente, que permitirá definir sua gravidade, e se o tratamento deve ser realizado em casa ou internado no hospital.

Broncopneumonia é outro termo usado para definir o aspecto radiográfico da pneumonia (de várias imagens nodulares em um ou ambos pulmões, diferente do aspecto clássico da pneumonia, que é uma opacidade mais ou menos homogênea e localizada em um lobo ou segmento pulmonar, quando examinada uma radiografia dos pulmões).

Sintomas

Os sinais e sintomas de uma pneumonia bacteriana variam amplamente em relação a vários fatores, principalmente a natureza do agente causal e o estado prévio de saúde do paciente.

Quando a pessoa é previamente saudável, sem outros problemas de saúde, geralmente inicia sua pneumonia com breves sintomas em vias aéreas superiores (coriza, dor de garganta e espirros), seguidos de calafrios e febre, dor torácica e tosse, às vezes com hemoptise. O exame clínico do médico, uma radiografia de tórax e alguns poucos exames de laboratório geralmente confirmam com facilidade o diagnóstico de pneumonia.

Porém, no outro extremo, um paciente idoso, com doenças prévias já existentes (cardiológicas, diabetes mellitus, desnutrição, câncer etc.) pode ter uma aparência decaída, desorientada, e seus exames clínico, radiológico e de laboratório, também em forma pouco definida, levam ao diagnóstico de pneumonia.

Tratamento

A maioria dos pacientes com pneumonia poderá ser tratada em seu domicílio.

Exige-se hospitalização de pacientes em estado grave que precisam de cuidados especiais e medicação endovenosa, de portadores de outras doenças debilitantes e daqueles cujas condições domiciliares não permitem o tratamento adequado.

O repouso no leito é importante. A dieta é livre, aumentando a ingestão de líquidos, calorias e proteínas.

A medicação, principalmente antibiótica, deve ser prescrita pelo médico responsável de acordo com o quadro clínico, radiológico e dos exames de laboratório.

Às vezes, há necessidade de oxigenioterapia e eventualmente atendimento em UTI.

Pneumopatias Intersticiais ou Fibrose Pulmonar

Conceito

Pneumopatias intersticiais são um grupo numeroso de doenças que apresentam infiltração do interstício alveolar (espaço localizado entre as células alveolares e endoteliais) de diversas causas.

A infiltração do interstício alveolar é visível ao exame radiográfico, altera a difusão ou troca de gases por meio da membrana alvéolo-capilar e provoca dispnéia (falta de ar) progressiva.

Esta doença apresenta outras denominações como:

Fibrose pulmonar difusa: é uma denominação insuficiente, devido às numerosas causas que apresenta.
Síndrome de Hamman Rich: é apenas um tipo de pneumopatia intersticial.
Alveolite fibrosante difusa criptogenética: mais usado por autores britânicos, não é aplicável a todos os casos.

A pneumopatia intersticial pode surgir em numerosas condições, sendo as principais:

• Doenças granulomatosas como tuberculose, sarcoidose e micoses pulmonares; doenças do colágeno como esclerodermia, doença reumática etc.
• Pneumoconioses, ou seja, doenças produzidas pela aspiração de poeiras como a silicose.
• Linfangite carcinomatosa, que aparece em alguns tipos de câncer.
• Pneumonite actínica, uma complicação da radioterapia.
• Fibroses provocadas por medicamentos como amiodarona e difenilidantoína; algumas fibroses de causa desconhecida como a síndrome de Hamman Rich e a alveolite fibrosante difusa criptogenética.
• Outras doenças de causa indeterminada como microlitíase, hemosiderose, histiocitose X, proteinose alveolar etc.

Sintomas

Inicialmente, o paciente manifesta dispnéia (falta de ar) leve, que progressivamente vai aumentando. Alguns pacientes apresentam tosse seca e às vezes dores articulares.

Em fases mais avançadas, aparecem outros sintomas como cianose mais ou menos persistente e dispnéia muito intensa.

Tratamento

Os corticóides são os medicamentos mais usados no tratamento das pneumopatias intersticiais. Também são usados outros medicamentos como ciclofosfamida, levamisole etc.

Quando a causa é identificada, deve-se utilizar o tratamento adequado para a mesma. A oxigenioterapia domiciliar é indicada para pacientes que apresentam dispnéia e cianose persistentes.

Quando o tratamento medicamentoso não resolve o problema, cabe avaliar a indicação de transplante pulmonar.

Todas estas possibilidades devem ser indicadas e acompanhadas pelo pneumologista.

Prognóstico

O prognóstico depende da causa da pneumopatia intersticial. Para determinar esta causa, a biópsia pulmonar a céu aberto é o exame mais importante.

Alguns outros fatores relacionados ao melhor prognóstico incluem: faixa etária mais baixa, sexo feminino, pouca dispnéia e não-fumante.

Pneumotoráx

Conceito

Pneumotórax significa presença de ar na cavidade pleural. Acontece pela ruptura da pleura parietal e/ou da pleura visceral, que aumenta a pressão intrapleural e provoca colapso pulmonar mais ou menos intenso.

As principais formas de pneumotórax são:

• Espontâneo: atinge pessoas saudáveis e não tem causa aparente.
• Traumático: aparece como conseqüência de traumatismo com ou sem fratura de costelas ou de uma cirurgia.
• Secundário a outra doença: como enfisema pulmonar, tuberculose, pneumonia, câncer, doença fibrocística etc.
• Hipertensivo: um mecanismo de válvula unidirecional permite só a passagem de ar do pulmão para a pleura, levando ao colapso total do pulmão com grave insuficiência respiratória.
• Hidropneumotórax: quando além de ar acumula-se um líquido, que pode ser seroso, sanguíneo ou purulento.

Sintomas

Consideraremos o pneumotórax espontâneo idiopático: isto é, ele não possui causa aparente conhecida, mas que está freqüentemente associado a bolhas que aparecem no enfisema pulmonar.

Começa subitamente com dispnéia, tosse seca e dor torácica no lado afetado, que piora com a tosse. Às vezes está associado a algum esforço brusco ou acesso de tosse. Dependendo da quantidade de ar acumulado, os sintomas serão mais intensos e na forma hipertensiva (quando há pressão muito alta na cavidade pleural, chega a provocar intensa dispnéia e até cianose e queda da pressão arterial).

Ocorre principalmente em jovens e é mais freqüente no pulmão direito. Em 10% dos casos pode repetir após um tempo variável de meses ou anos.

Tratamento

O paciente deve permanecer em repouso absoluto, semi-sentado no leito e impedido de falar (a fala funciona como um instrumento de sopro e aumenta o pneumotórax).

Dependendo da intensidade do quadro, o médico pode optar por um tratamento conservador ou algum tipo de cirurgia, que pode ser uma toracocentese, uma drenagem pleural ou até uma toracotomia.

Provas de função pulmonar, provas ventilatórias ou espirometria

Provas de função pulmonar determinam a quantidade de ar que uma pessoa expira e a rapidez dessa expiração.

As provas auxiliam no diagnóstico de doenças pulmonares como asma, bronquite crônica e enfisema. Podem também ser utilizadas para acompanhar o tratamento destas doenças, assim como identificar a causa da dispnéia.

Estas provas são realizadas com aparelho chamado espirômetro, que registra o volume e o fluxo de ar que os pulmões podem expirar.

Voltar



Empresas Parceiras



Atalho para à página do Facebook da empresa.