Publicado em 14 jul 2018
Combined analysis of asthma safety trials of long –acting β2 -agonists
Título do Estudo
Combined analysis of asthma safety trials of long –acting β2 -agonists
Fonte
The New England Journal of Medicine. 2018 Jun 28; 378(26): 2497-2505.
Desenho do Estudo
Análise combinada de quatro estudos que foram multicêntricos, randomizados, duplo cego e de não inferioridade. Todos os estudos recrutaram adultos e adolescentes com asma persistente e acompanharam por 26 semanas. Os pacientes foram randomizados em dois grupos. Um deles com uso de corticoide inalatório em monoterapia e o outro, de corticoide inalatório + LABA. Cada estudo foi conduzido por uma indústria farmacêutica distinta utilizando, com isso, corticoides inalatórios e LABAs distintos, assim como, diferentes dispositivos inalatórios.
Mensagens do Artigo
O artigo revisita o uso de LABA + corticoide inalatório versus corticoide inalatório como monoterapia, concluindo que:
– A combinação não aumenta o risco de eventos graves relacionados a asma sendo estas, a necessidade de intubação endotraqueal, hospitalização e óbito quando comparado ao uso de corticoide inalatório em monoterapia (p= 0,55).
– A combinação resulta em significante queda do número de exacerbações por asma quando comparado ao uso de corticoide inalatório em monoterapia (p < 0,001). Com isso, este estudo nos auxilia muito na prática clínica, já que este corrobora as orientações dadas pelo GINA e desmistifica a recomendação dada, até pouco tempo, pelo FDA quanto ao risco da combinação de LABA + corticoide inalatório.
– A grande mensagem objetiva é de continuar seguindo sem medo as recomendações do passo 3 do GINA (corticoide inalatório) e, caso necessário, fique ainda mais confortável para passar para o passo 4 (corticoide inalatório dose moderada + LABA).
Limitações do Estudo
A diferença de dispositivos inalatórios, relutância de alguns pacientes quanto a segurança da medicação, não avaliação da diferença entre os diversos tipos de LABAs e corticoides inalatório e principalmente o fato de um dos critérios de exclusão do estudo ser a história prévia de evento grave de asma incluindo intubação orotraqueal.
Dr. Thiago Bártholo