French experience of balloon pulmonary angioplasty for chronic thromboembolic pulmonary hypertension

Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro

Profissionais de Saúde

Publicado em 22 jun 2019

French experience of balloon pulmonary angioplasty for chronic thromboembolic pulmonary hypertension


Título do Estudo


French experience of balloon pulmonary angioplasty for chronic thromboembolic pulmonary hypertension

 

Fonte


European Respiratory Journal. 2019 May 18;53(5). pii: 1802095.

 

Desenho do Estudo


A técnica de angioplastia por balão foi inicialmente desenvolvida para estenose congênita de artérias pulmonares e com o aprimoramento ela está sendo utilizada com sucesso para tromboembolismo pulmonar crônico hipertensivo (TEPCH). Este estudo foi realizado no período de 2014 a 2017, na Universidade Paris-Sud, em 184 pacientes com TEPCH, que foram submetidos a uma avaliação multidisciplinar por radiologistas, cardiologistas e pneumologistas com experiência em hipertensão pulmonar, cardiologistas e radiologistas com experiência em intervenção terapêutica e cirurgiões cardíacos e torácicos e considerados inoperáveis para endarterectomia pulmonar (EP). Todos os pacientes realizavam tomografia computadorizada de tórax com reconstrução biplanar, cintilografia pulmonar, ventilação perfusão e cateterismo cardíaco direito (CCD). Dois cardiologistas e radiologistas intervencionistas foram responsáveis por todos os procedimentos. Foram tratados com angioplastia por balão (APB) de 2 a 10 artérias segmentares ou subsegmentares, no tempo máximo de 2 horas. O CCD foi repetido após 3-4 semanas da primeira sessão de APB e outras adicionais poderiam ser realizadas se a pressão da artéria pulmonar média (PAPm) ficasse superior a 30mmHg e/ou quando as lesões consideradas acessíveis não tivessem sido tratadas.

 

Mensagens do Artigo


1) Cerca de 40% dos pacientes com TEPCH são inelegíveis para EP: coágulo inacessível (lesões distais), persistência ou recorrência da hipertensão pulmonar (HP) após a EP ou/e comorbidades;

2) As complicações da APB aconteceram 113 sessões (11,2%) num total de 1.006 sessões: hemoptise (7,1%), perfuração de artéria pulmonar (2,8%), dissecção da artéria pulmonar (1,9%) e disfunção renal (0,2%). Somente 4 pacientes apresentaram injúria pulmonar aguda pós-procedimento e 3 pacientes precisaram de oxigenação por membrana extracorpórea durante o procedimento. Seis stents foram implantados nos casos de dissecção da artéria pulmonar.

3)  A APB foi efetiva no tratamento de pacientes sem condições de elegibilidade cirúrgica. Houve melhora da classe funcional (NYHA), do teste da caminha de 6 minutos (aumento em média de 45 metros), na PaO2 e na hemodinâmica dos pacientes (redução da resistência vascular pulmonar em 43% – p = 0,006; e da PAPm em 26% – p= 0,017). A melhora hemodinâmica continuou a ocorrer com os anos de seguimento;

4) Quatro pacientes faleceram (2,2%) dentro de 30 dias do procedimento e 3 pacientes no seguimento ambulatorial. Taxa de mortalidade de 3,8%.

5) A sobrevida no 1º e 3º ano foram respectivamente 97,3% (IC 94,9% – 99,6%) e 95,1% (IC 91,4% – 98,9%).

 

Limitações do Estudo


O estudo foi unicêntrico, não houve grupo controle, não foi randomizado e não houve resultados com mais de 3 anos de acompanhamento. Muitos pacientes estavam em tratamento para hipertensão arterial pulmonar e talvez este fato pudesse ter influenciado nos resultados favoráveis encontrados. Os dados hemodinâmicos da APB do grupo francês foram inferiores ao do grupo japonês (disseminador da técnica) e provavelmente estão relacionados a menor expertise francesa (mediana de procedimentos por pacientes foi de 5, enquanto no Japão foi de 4).

 

Prof. Rogério Rufino

Artigos |

Voltar



Empresas Parceiras



Atalho para à página do Facebook da empresa.