Publicado em 23 nov 2019
Estimation of the global prevalence and burden of obstructive sleep apnoea: a literature-based analysis
Título do Estudo
Estimation of the global prevalence and burden of obstructive sleep apnoea: a literature-based analysis
Fonte
Lancet Respir Med 2019;7(8):687-698.
Desenho do Estudo
1. Após pesquisa bibliográfica, foram identificados 17 estudos de prevalência de apneia obstrutiva do sono (AOS) na população geral, em indivíduos adultos (≥ 18 anos) submetidos a um estudo objetivo do sono (polissonografia laboratorial ou domiciliar). A partir destes dados, estimativas de prevalência de AOS foram extrapoladas em um subconjunto da população geral com idade entre 30 e 69 anos. Para estudos que não usaram os critérios de Academia Americana de Medicina do Sono (AASM 2012), foi realizado um algoritmo de conversão, permitindo determinar um índice de apnea/hipopneia (IAH) equivalente para publicações que usavam critérios diferentes (AASM 1999 ou 2007).
2. Para países com estimativas publicadas de prevalência, esses dados foram utilizados. Se não houvesse estimativa para um determinado país, este dado era obtido a partir da comparação com países “semelhantes” pelo índice de massa corporal, raça/etnia e proximidade geográfica.
3. Foram incluídos 17 artigos, correspondendo a 16 países, sendo realizada a estimativa extrapolada de AOS para outros 177 países.
Mensagens do Artigo
1. Usando o critério da AASM (2102), estimou-se que 936 milhões de indivíduos com idade entre 30 e 69 anos em todo o mundo tenham AOS (IAH ≥ 5/h) e 425 milhões de indivíduos tenham AOS moderada/grave (IAH ≥ 15/h; para os quais o tratamento é geralmente recomendado).
2. O número de indivíduos estimado com AOS foi maior na China, seguido por EUA, Brasil e Índia.
3. No Brasil, estimou-se que 49,7% dos indivíduos com idade entre 30 e 69 anos tenham AOS (IAH ≥ 5/h) e 26,0% tenham AOS moderada/grave (IAH ≥ 15/h).
Limitações do Estudo
1. Não foram encontrados dados sobre prevalência de AOS para a maioria dos países (dados extrapolados para 177 países).
2. Os 16 estudos de base populacional que foram utilizados também têm suas próprias limitações: efeito da primeira noite, posição corporal, variabilidade noite/noite e viés de seleção; além de diferentes critérios de hipopneia empregados (AASM 1999, 2007 e 2012).
Dr. Ricardo Luiz de Menezes Duarte
