Publicado em 27 jun 2020
Survey of Insomnia and Related Social Psychological Factors Among Medical Staff Involved in the 2019 Novel Coronavirus Disease Outbreak
Título do Estudo
Survey of Insomnia and Related Social Psychological Factors Among Medical Staff Involved in the 2019 Novel Coronavirus Disease Outbreak
Fonte
Zhang C, Yang L, Liu S, et al. Survey of Insomnia and Related Social Psychological Factors Among Medical Staff Involved in the 2019 Novel Coronavirus Disease Outbreak. Front Psychiatry. 2020;11:306. Published 2020 Apr 14. doi:10.3389/fpsyt.2020.00306.
Desenho do Estudo
1- O objetivo do estudo foi investigar a prevalência de insônia e confirmar os seus fatores preditivos entre os profissionais da área de saúde (médicos, enfermeiros e pessoal administrativo) durante o surto de COVID-19 em Wuhan, China.
2- Os profissionais da área de saúde foram convidados a preencher um questionário contendo perguntas relacionadas ao surto de COVID-19, sintomas de insônia, depressão, ansiedade e estresse. Período do estudo: 29.01.2020 a 03.02.2020. Análise de regressão logística foi utilizada para examinar as associações entre fatores sócio-demográficos e sintomas de insônia.
Mensagens do Artigo
1- Total de 1.563 participantes, sendo que 36,1% dos indivíduos apresentaram sintomas de insônia, de acordo com o Insomnia Severity Index (ISI) [pontuação ≥ 8; total de 0-28 pontos]. A regressão logística binária múltipla revelou que os sintomas de insônia estavam associados a: nível de ensino médio ou inferior (odds ratio [OR]: 2,69 e intervalo de confiança a 95% [IC95%]: 1,0-7,0), ser médico (OR: 0,44, IC95%: 0,2-0,8), estar trabalhando em uma unidade de isolamento (OR: 1,71, IC95%: 1,0-2,8), preocupação com a infecção pelo COVID-19 (OR: 2,30, IC95%: 1,6-3,4), ausência de percepção de suporte psicológico em relação ao COVID-19 (OR: 2,10, IC95%: 1,3-3,3) e a incerteza em relação ao controle eficaz da doença (OR: 3,30, IC95%: 1,3-8,5).
2- A prevalência de sintomas de depressão, ansiedade e estresse foi de 50,7%, 44,7%, 73,4%; respectivamente.
3- Houve uma elevada prevalência de sintomas de insônia entre profissionais da área de saúde durante o surto de COVID-19. Os fatores relacionados incluíram a escolaridade, o ambiente de isolamento, as preocupações psicológicas com o surto de COVID-19 e a profissão exercida.
Limitações do Estudo
1- A realização de um questionário breve, não utilizando outras fontes para avaliar os sintomas de insônia, além do ISI.
2- Os profissionais de saúde são normalmente ocupados, e, principalmente neste momento de pandemia, podem ter respondido o questionário sem o devido cuidado.
3- Não houve menção se os indivíduos já apresentavam previamente sintomas de insônia e/ou outros problemas mentais.
Dr Ricardo Luiz de Menezes Duarte
