Publicado em 12 dez 2020
Regional and global contributions of air pollution to risk of death from COVID-19
Título do Estudo
Regional and global contributions of air pollution to risk of death from COVID-19
Fonte
Andrea Pozzer, Francesca Dominici, Andy Haines, Christian Witt, Thomas Mu¨ nzel, and Jos Lelieveld. Cardiovascular Research doi:10.1093/cvr/cvaa288. Accepted 30 September 2020.
Resumo do Estudo
O risco de mortalidade pela doença causada pelo novo coronavírus (COVID-19) é aumentado pela presença de comorbidades cardiovasculares e pulmonares, além do risco aumentado para pacientes com mais de 60 anos. A poluição do ar também está associada a mortalidade excessiva por essas condições. A análise dos primeiros resultados associados à síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-1) em 2003, e as investigações preliminares daqueles para o SARS-CoV-2 (2019), fornecem evidências de que a incidência e a gravidade são relacionadas à poluição do ar ambiente, em especial a presença de material particulado 2,5 (PM2,5).
Objetivo do Artigo
Estimar a fração da mortalidade por COVID-19 que é atribuível à exposição de longo prazo à poluição do ar por material particulado (PM).
Método e Resultados
Caracterização da exposição global a PM com base em dados de satélite, e cálculo do índice antropogênico com um modelo de química atmosférica. O grau em que a poluição do ar influencia a mortalidade por COVID-19 foi derivado de dados epidemiológicos nos EUA e na China. Foi estimado que a poluição por PM contribuiu em 15% (intervalo de confiança de 95% 7–33%) para a mortalidade por COVID-19 em todo o mundo, 27% (13 – 46%) no Leste Asiático, 19% (8–41%) na Europa e 17% (6–39%) na América do Norte. Globalmente, 50-60% da fração antropogênica atribuível está relacionado ao uso de combustível fóssil, até 70–80% na Europa, Ásia Ocidental e América do Norte.
Limitações do Estudo
Necessidade de levantamento de dados epidemiológicos com outras regiões no planeta.
Necessidade de correlacionar os dados com as condições socioeconômicas.
Grande variabilidade nos Intervalos de Confiança.
Dra. Patrícia Canto Ribeiro