Publicado em 11 dez 2021
Efficacy and safety of weekly rifapentine and isoniazid for tuberculosis prevention in Chinese silicosis patients: a randomized controlled trial
Título do Estudo
Eficácia e segurança da rifapentina e isoniazida semanais para a prevenção da tuberculose em pacientes chineses com silicose: um ensaio clínico randomizado
Fonte
Clinical Microbiology and Infection – Volume 27, Issue 4, April 2021, Pages 576-582.
Material e Métodos
Pacientes do sexo masculino com silicose sem infecção pelo HIV, com idade entre 18 e 65 anos, com ou sem infecção latente por TB, foram randomizados 1: 1 para receber rifapentina / isoniazida sob observação direta (grupo 3RPT / INH) ou não foram tratados (grupo de observação). A incidência de TB ativa foi comparada entre os dois grupos com 37 meses de acompanhamento. Perfil de segurança e taxas completas foram avaliados.
Resultados
Um total de 1227 adultos com silicose foram selecionados; 513 participantes elegíveis foram inscritos e atribuídos a 3RPT / INH (n = 254) vs. observação (n = 259). Vinte e oito participantes foram diagnosticados com TB ativa, sendo 9 no grupo 3RPT / INH e 19 no grupo de observação. Na análise por intenção de tratar, a taxa cumulativa de TB ativa foi de 3,5% (9/254) no grupo 3RPT / INH e 7,3% (19/259) no grupo de observação (log rank p 0,055). Na análise por protocolo, as taxas cumulativas de TB ativa foram de 0,7% (1/139) e 7,3% (19/259), respectivamente (log rank p 0,01). Devido a uma inesperada alta frequência de eventos adversos (70,4%) a taxa de conclusão do regime 3RPT / INH foi de 54,7% (139/254). Vinte e seis (10,8%) participantes tiveram reações medicamentosas sistêmicas semelhantes à gripe; cinco (2,1%) apresentaram hepatotoxicidade.
Conclusão
A profilaxia semanal com rifapentina / isoniazida evitou a tuberculose ativa entre os chineses com silicose quando administrada, independentemente da triagem de ILTB. O regime deve ser usado com cautela devido às altas taxas de efeitos adversos. Novos estudos são necessários para melhores avaliações.
Dra Patricia Canto Ribeiro
