Publicado em 24 jun 2023
Endobronchial ultrasound-guided transbronchial mediastinal cryobiopsy in the diagnosis of mediastinal lesions: safety, feasibility and diagnostic yield – experience in 50 cases
Título do Estudo
Endobronchial ultrasound-guided transbronchial mediastinal cryobiopsy in the diagnosis of mediastinal lesions: safety, feasibility and diagnostic yield – experience in 50 cases
Fonte
Miguel Ariza-Prota , Javier Pérez-Pallarés, Alejandro Fernández-Fernández, Lucía García-Alfonso,Juan A. Cascón , Héctor Torres-Rivas , Luis Fernández-Fernández, Inmaculada Sánchez, Maria Gil,Marta García-Clemente and Francisco López-González. https://doi.org/10.1183/23120541.00448-2022 ERJ Open Res 2023; 9: 00448-2022
Introdução / Objetivo do Estudo
A punção aspirativa por agulha guiada por EBUS Linear é a técnica de escolha para o diagnóstico de lesões mediastinais e hilares / estadiamento mediastinal câncer pulmão. Por vezes o rendimento diagnóstico deste método pode ser afetado pela insuficiência de material para análise, acarretando a necessidade de procedimentos adicionais para esclarecimento diagnóstico.
Cada vez mais material é necessário para os diversos estudos e análises moleculares, indispensáveis para a correta condução terapêutica do câncer de pulmão não pequenas células.
Temos ainda a limitação da punção aspirativa no diagnóstico de tumores mediastinais mais raros e nos casos de patologia benigna, sendo muitas vezes necessária amostra histopatológica para diagnóstico adequado.
Linfomas também podem ser um desafio diagnóstico apenas com a amostra citopatológica fornecida pela punção aspirativa com agulha.
A criobiópsia, com sua já conhecida capacidade de fornecer material histopatológico em maior quantidade e com melhor qualidade, surge como possibilidade para otimizar a obtenção de tecido nas lesões mediastinais e hilares em determinados cenários.
Os objetivos do presente estudo foram: 1) Reproduzir a biópsia mediastinal com crioprobe sob as mesmas condições que a punção aspirativa com agulha: em sala de broncoscopia e sob sedação moderada, 2) Descrever o método de biópsia mediastinal com crioprobe guiado por EBUS Linear, 3) Determinar a viabilidade de biópsia das múltiplas estações linfonodais com crioprobe guiado por EBUS Linear e 4) Determinar rendimento diagnóstico e possíveis complicações deste método.
Desenho do Estudo
Estudo prospectivo envolvendo 50 pacientes que foram submetidos sequencialmente a punção aspirativa transbrônquica com agulha e Criobiópsia mediastinal transbrônquica, ambas guiadas por EBUS Linear. Todos os pacientes tinham linfonodos com tamanho superior a 1 cm.
Três criobiópsias foram realizadas por linfonodo
A agulha utilizada foi a de 22G e o crioprobe foi o de 1,1 mm.
Estudo conduzido em dois hospitais da Espanha entre Janeiro e Agosto de 2022.
Realizada quantificação objetiva de sangramento em todos os procedimentos.
Pacientes com discrasia sanguínea, hipertensão pulmonar, insuficiência respiratória e cardiopatia descompensada foram excluídos do estudo.
Mensagens do Estudo
– É viável e segura a realização da criobiópsia mediastinal guiada por EBUS Linear em nível ambulatorial e sob sedação consciente,
– A técnica utilizando o pertuito produzido pela punção por agulha como ponto de entrada do crioprobe de 1.1 mm foi bem sucedida neste estudo,
– Houve ótimo rendimento diagnóstico da criobiópsia mediastinal transbrônquica nas patologias benignas (Sarcoidose) e nos linfomas (100% rendimento diagnóstico),
– O rendimento diagnóstico geral (lesões benignas e malignas) da punção aspirativa por agulha foi de 82% e da criobiópsia mediastinal transbrônquica foi de 96%,
– A quantidade de material resultante da criobiópsia foi em média o dobro da obtida por punção aspirativa com agulha.
Limitações do Estudo
Estações linfonodais 10R, 10L e 11R superior não foram acessadas por não haverem pacientes com indicação de amostragem desses linfonodos na população estudada.
Impossibilidade de presença de patologista em sala em parte dos procedimentos, potencialmente reduzindo o rendimento diagnóstico da punção aspirativa por agulha.
Estudo não cego, uma vez que ficava claro para os patologistas quais matérias eram provenientes de cada técnica de aquisição.
Dr. Leonardo Palermo Bruno – médico pneumologista do HUPE- UERJ e chefe da pneumologia do Hospital Quinta D’ Or