A Randomized Trial of E-Cigarettes versus Nicotine-Replacement Therapy

Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro

Profissionais de Saúde

Publicado em 2 mar 2019

A Randomized Trial of E-Cigarettes versus Nicotine-Replacement Therapy


Título do Estudo


A Randomized Trial of E-Cigarettes versus Nicotine-Replacement Therapy

 

Fonte


New England Journal of Medicine, 2019; 380:629-637.

 

Desenho do Estudo


Foram randomizados aleatoriamente 886 adultos que frequentavam os serviços para parar de fumar do Reino Unido. Um grupo foi randomizado para receber qualquer um dos produtos de reposição de nicotina, incluindo combinações de produtos, fornecidos por até 3 meses. Outro grupo foi randomizado para receber um pacote inicial de cigarros eletrônicos (um cigarro eletrônico de segunda geração com uma garrafa de nicotina (refil) [18 mg por mililitro), com uma recomendação para adquirir mais refis do sabor e potência de sua escolha. O tratamento incluiu apoio comportamental semanal por pelo menos 4 semanas para ambos os grupos. O desfecho primário foi a abstinência sustentada por 1 ano, validada bioquimicamente na visita final. Os participantes que foram perdidos no acompanhamento ou que não forneceram validação bioquímica ao final foram considerados não abstinentes. Os desfechos secundários incluíram efeitos adversos no tratamento relatado pelos participantes e sintomas respiratórios.

 

A taxa de abstinência em 1 ano foi de 18% no grupo do cigarro eletrônico comparada a 9,9% no grupo de reposição de nicotina. Naqueles abstinentes por 1 ano, mais pacientes do grupo cigarro eletrônico usaram o tratamento nas 52 semanas. Por outro lado, a irritação na garganta ou na boca foi relatada com mais frequência no grupo cigarro eletrônico (65.3% vs 51.2% no grupo reposição de nicotina). Náuseas foram mais frequentes no grupo reposição de nicotina (37.8%, vs 31.3% no grupo cigarro eletrônico). O grupo cigarro eletrônico relatou maiores declínios na incidência de tosse e produção de catarro do início até a 52° semana, do que o grupo de reposição de nicotina. Não houve diferença significativa na incidência de sibilos ou dispneia.

 

Mensagens do Artigo


1 – Cigarros eletrônicos foram mais eficazes para a cessação do tabagismo do que a terapia de reposição de nicotina neste estudo. O acompanhamento foi de 52 semanas, com ambos os grupos acompanhados por suporte comportamental nas primeiras 4 semanas.

2 – Adesão ao uso do cigarro eletrônico foi melhor que a reposição de nicotina nas 52 semanas.

3 – O cigarro eletrônico provocou mais irritação na garganta e na boca mas foi relatada menos náuseas bem como melhora na tosse, catarro, dispneia e sibilância.

 

Limitações do Estudo


1 – O estudo não foi cego.

2 – A reposição de nicotina talvez tenha sido vista como uma opção menos motivante que o cigarro eletrônico. Os participantes do grupo reposição de nicotina podem ter colocado menos esforço em sua tentativa de parar do que aqueles do grupo cigarro eletrônico.

3 – A validação por monóxido de carbono pode detectar abstinência apenas nas últimas 24 horas, podendo ter havido alguns resultados falso negativos.

 

Dr. Alexandre Ciminelli Malizia

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