Publicado em 25 ago 2018
A Randomized Trial of High-Flow Oxygen Therapy in Infants with Bronchiolitis
Título do Estudo
A Randomized Trial of High-Flow Oxygen Therapy in Infants with Bronchiolitis
Fonte
New England Journal of Medicine 2018; 378: 1121-31.
Desenho do Estudo
Estudo multicêntrico (em 17 unidades de saúde na Nova Zelândia e Austrália), randomizado, controlado, com 1.472 lactentes menores de 1 ano de idade com bronquiolite aguda e necessidade de oxigenioterapia. Comparação entre o uso de cânula nasal de alto fluxo de oxigênio e oxigenioterapia padrão. O desfecho primário de interesse foi a necessidade de escalonar tratamento por falha terapêutica. Os desfechos secundários foram tempo de permanência hospitalar, duração da oxigenioterapia, taxa de transferência para hospital terciário, internação em UTI, intubação e eventos adversos.
Mensagens do Artigo
A Academia Americana de Pediatria recomenda que o tratamento da bronquiolite aguda seja feito com oxigenioterapia, suporte respiratório e hidratação venosa. Nas emergências a principal medida é o uso de cateter nasal com 2l/min de oxigênio a 100%. Neste estudo, o grupo que recebeu oxigenoterapia por cânula nasal de alto fluxo teve menos necessidade de escalonar o tratamento (87 de 739 lactentes: 12%) do que o que recebeu oxigenioterapia padrão (167 de 733: 23%); p<0,001.
Quanto aos desfechos secundários, não houve diferenças significativas entre os grupos na necessidade de internação em UTI nem na duração da internação hospitalar, da permanência na UTI ou da oxigenioterapia. Não ocorreu nenhum evento adverso fatal. Cada grupo teve um caso de pneumotórax, sem necessidade de drenagem.
Limitações do Estudo
A principal limitação foi a impossibilidade de mascarar o método de oxigenioterapia recebido por cada criança.
Profa. Mônica C. Firmida
