Publicado em 1 dez 2018
Anti-IL-5 therapy in patients with severe eosinophilic asthma – clinical efficacy and possible criteria for treatment response
Título do Estudo
Anti-IL-5 therapy in patients with severe eosinophilic asthma – clinical efficacy and possible criteria for treatment response
Fonte
BMC Pulmonary Medicine (2018) 18:119.
Desenho do Estudo
Nesta análise retrospectiva, foram examinadas a eficácia clínica da terapia com anticorpos anti-IL-5 (mepolizumab) e potenciais preditores de resposta ao tratamento em pacientes com asma eosinofílica, em apenas um centro.
Foram estudados 42 pacientes possuíam ≥ 300 eosinófilos/µl no sangue periférico nos últimos 12 meses e estavam sendo tratados com altas doses de glicocorticoides inalatórios e β2-agonista de longa duração. Todos receberam mepolizumab por via subcutânea a cada 4 semanas por pelo menos 6 meses. Para ser classificado como respondedor, pelo menos 2 dos seguintes 3 critérios tiveram que ser alcançados: melhora da QV, melhora do VEF1 e redução do nº de eosinófilos no sangue periférico.
Mensagens do Artigo
76% foram classificados como respondedores: o tratamento com mepolizumab conduziu a um aumento no VEF1 (+ 600 ml vs -100 ml, p = 0,003), na oxigenação (+ 8 mmHg vs -3 mmHg, p = 0,001), na qualidade de vida (escala visual analógica; + 28% vs – 5%, p = 0,004) e no Teste de Controle da Asma (+ 8 vs + 1 pontos, p = 0,002).
No grupo respondedor, também houve uma diminuição significativa na taxa de exacerbação ao longo de 12 meses (1,45 vs 0,45, p = 0,002). Características basais (sexo, IMC, histórico de tabagismo, alergias, nível basal de eosinófilos) não previram resposta ao tratamento. Não ocorreram efeitos colaterais graves que levassem à descontinuação da terapia com o mepolizumab.
O tratamento da Asma Eosinofílica com mepolizumab mostrou boa eficácia clínico-funcional.
Limitações do Estudo
Existem importantes limitações para este estudo, principalmente por ser retrospectivo. O valor dos dados e conclusões sobre o poder preditivo dos fatores avaliados é parcialmente limitado devido ao pequeno número de pacientes, especialmente no grupo sem resposta. Além disso, foi usado um critério subjetivo de resposta ao tratamento que é uma ferramenta não validada.
Dr. Ronaldo Nascentes