Publicado em 13 mar 2022
Comparative Effectiveness of Stereotactic Body Radiation Therapy versus Surgery for Stage I Lung Cnacer in Otherwise Healthy Patients: An Instrumental Variable Analysis
Título do Estudo
Comparative Effectiveness of Stereotactic Body Radiation Therapy versus Surgery for Stage I Lung Cnacer in Otherwise Healthy Patients: An Instrumental Variable Analysis
Fonte
Littau MJ, Freeman R, Vigneswaran WT, Luchette FA, Baker MS, Raad W, Abdelsattar ZM, the Loyola Thoracic Outcomes Group, Comparative Effectiveness of Stereotactic Body Radiation Therapy versus Surgery for Stage I Lung Cnacer in Otherwise Healthy Patients: An Instrumental Variable Analysis. JTCVS Open (2022), doi: https://doi.org/10.106/j.xjon.2021.09.052.
Desenho do Estudo
A SBRT (stereotactic body radiation therapy) é uma modalidade terapêutica bem estabelecida no tratamento do câncer de pulmão estádio I, em pacientes com risco cirúrgico alto, porém seu papel em pacientes sem comorbidades e portanto operáveis não está bem estabelecida.
Neste estudo, foram avaliados 25.963 pacientes “saudáveis” com câncer de pulmão no estádio I, registrados no National Cancer Database (EUA), elegíveis tanto para ressecção cirúrgica ou SBRT, entre 2004 e 2016. Pacientes com contraindicação cirúrgica foram excluídos. Pacientes saudáveis foram definidos como aqueles com um índice de comorbidade de Charlson-Deyo igual a 0 (zero).
5.465 pacientes foram tratados por SBRT (21%).
Mensagem / Resultado
Utilizando modelo de risco proporcional de Cox (Cox prportional hazards modelling) e análise “propensity matched Kaplan Meyer”, a ressecção cirúrgica mostrou melhor sobrevida quando comparada à SBRT.
Tanto a lobectomia (HR 0.17) e a ressecção sublobar (HR 0.28) proporcionaram melhor sobrevida quando comparadas com a SBRT (p<0,001).
Esta informação é relevante na discussão de possibilidades de tratamento com nossos pacientes.
Limitações
1) Estudo retrospectivo
2) Não há dados comparativos sobre recorrência do câncer após tratamentos portanto não há dados sobre sobrevida livre de doença.
3) Falta de dados mais detalhados referente `a patologia em pacientes que nao foram operados.
4) Não há dados detalhados sobre como os pacientes foram estadiados. Pacientes com SBRT podem ter sido “subestadiados”.
5) Não ha dados sobre complicações pós-operatórias e qualidade de vida que permita comparação entre as 2 modalidades de tratamento (cirúrgica vs. SBRT)
6) VALOR TRIAL poderá responder estas questões (resultados disponíveis em 2027).
Dr. Carlos Henrique R Boasquevisque
Professor Associado de Cirurgia Torácica
FM-UFRJ