Publicado em 5 dez 2020
Comparison of Clinical Features of COVID-19 vs Seasonal Influenza A and B in US Children
Título do Estudo
Comparison of Clinical Features of COVID-19 vs Seasonal Influenza A and B in US Children
Fonte
JAMA Netw Open. 2020;3(9):e2020495. doi:10.1001/jamanetworkopen.2020.20495. Song X, Delaney M, Shah RK, Campos JM, Wessel DL, DeBiasi RL.
Objetivo do Artigo
Comparar aspectos clínicos de crianças com COVID-19 (de 25 de março a 15 de maio de 2020) e com infecção sazonal por Influenza (A e B) (de 01 de outubro de 2018 a 02 de junho de 2020).
Desfechos de Interesse
Taxas de hospitalização e de admissão em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), uso de ventilação mecânica e associação com condições médicas subjacentes e sintomas clínicos.
Resultados
O estudo incluiu 315 pacientes com COVID-19 e 1402 com influenza sazonal, com mediana de idade 8,3 (variação 0,03-35,6 anos) e 3,9 anos (0,04 e 40,4 anos) respectivamente. Não houve diferença estatística entre a taxa de hospitalização (54 [17%] vs 291 [21%], p=0,15), necessidade de UTI (918 [6%] vs 98 [7%], p=0,42) e uso de ventilação mecânica (10 {3%] vs 21 [2%], p=0,17). Também não houve diferença entre os grupos quanto a condições médicas de base. Os sintomas mais frequentes, e predominantes naqueles com COVID-19, foram febre (41 [76%] vs 159 [55%], p=0,005), diarreia ou vômito (14 [26%] vs 36 [12%], p=0,01), dor de cabeça (6 [11%] vs 9 [3%], p=0,01), dor no corpo ou mialgia (12 [22%] vs 20 [7% ], p= 0,01) e dor no peito (6 [11%] vs 9 [3%], p=0,01). Não houve diferença estatística entre com pacientes hospitalizados por COVID-19 e por influenza quanto a queixas de tosse (24 [48%] vs 90 [31%], p=0,05) e falta de ar (16 [30%] vs 59 [20%], p=0,13).
Conclusões
Os sintomas no momento do diagnóstico foram mais frequentes nos pacientes com COVID-19 do que com Influenza. Não houve diferenças quanto aos outros desfechos de interesse.
Observações
– Embora o artigo fale que o público-alvo do estudo é pediátrico, em ambos os grupos havia pacientes maiores de 20 anos.
– O período do estudo (em meses) e o número absoluto de indivíduos hospitalizados por Influenza foi maior. No entanto, os autores destacam que a frequência de hospitalização por Influenza foi bem menor do que em anos anteriores, o que provavelmente foi resultado do isolamento social e da vacinação contra influenza, principalmente na população de maior risco para esta doença.
Dra. Mônica C. Firmida
