Publicado em 16 set 2023
CPAP Adherence, Mortality, and Progression-Free Survival in Interstitial Lung Disease and OSA
Título do Estudo
CPAP Adherence, Mortality, and Progression-Free Survival in Interstitial Lung Disease and OSA
Fonte
Ayodeji Adegunsoye, MD; Julie M. Neborak, MD; Daisy Zhu, MD; Benjamin Cantrill, DO; Nicole Garcia, BS; Justin M. Oldham, MD; Imre Noth, MD, FCCP; Rekha Vij, MD; Tomasz J. Kuzniar, MD, PhD; Shashi K. Bellam, MD; Mary E. Strek, MD; and Babak Mokhlesi, MD. CHEST 2020; 158(4):1701-1712
Desenho do Estudo
Estudo observacional, retrospectivo, de coorte multicêntrica nos últimos 10 anos, que selecionou adultos com doenças intersticiais pulmonares, submetidos à polissonografia (PSG). Categorizados pela gravidade do Índice de Apneia/Hipopneia (IAH) em não/AOS leve (IAH < 15/h) ou AOS moderada/grave (IAH ≥ 15/h). Todos os sujeitos com prescrição de CPAP e aderentes ao mesmo foram considerados como tendo tratado para a AOS.
Mensagem
Cento e sessenta indivíduos preencheram os critérios de inclusão, 131 deles apresentaram AOS e receberam prescrição CPAP. 66 (41%) pacientes tinham AOS não/leve não tratada ou não aderente, 51 (32%) tinham moderada/grave AOS não tratada ou não aderente e 43 (27%) haviam tratado AOS. Indivíduos não tratados ou não aderentes ao CPAP, sem diferenças quanto à gravidade da AOS, não apresentaram diferenças significativas no tempo médio de sobrevida (127 ± 56 x 138 ± 93 meses, respectivamente; p = 0,61).
A adesão ao CPAP não se associou com melhora no risco de mortalidade por todas as causas ou a progressão da doença em comparação com os não aderentes ou não tratados. Entre os indivíduos que necessitaram de oxigênio suplementar, aqueles aderentes ao CPAP apresentaram taxas menores de progressão da doença em comparação com não aderentes ou não tratados.
Limitações do Estudo
Embora os critérios de inclusão fossem severos, como os critérios de diagnóstico das doenças intersticiais e regras para realização da polissonografia, os critérios de aderência ao CPAP eram a utilização do aparelho por mais de 4/h por noite apenas. Este uso tão restrito numa doença tão severa pode ser insuficiente para um tratamento eficaz da AOS quanto para a melhora dos desfechos das doenças intersticiais.
Dr. Júlio Cezar Rodrigues Filho – Professor de Pneumologia da UNIRIO