Dose-Response Relationship between Obstructive Sleep Apnea Therapy Adherence and Healthcare Utilization

Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro

Profissionais de Saúde

Publicado em 12 ago 2023

Dose-Response Relationship between Obstructive Sleep Apnea Therapy Adherence and Healthcare Utilization


Título do Estudo


Dose-Response Relationship between Obstructive Sleep Apnea Therapy Adherence and Healthcare Utilization

 

Fonte


Malhotra A, Sterling KL, Cistulli PA, Pépin JL, Chen J, Woodford C, Alpert N, More S, Nunez CM, Benjafield AV. Dose-Response Relationship between Obstructive Sleep Apnea Therapy Adherence and Healthcare Utilization. Ann Am Thorac Soc. 2023 Jun;20(6):891-897. doi: 10.1513/AnnalsATS.202208-738OC.

 

Contexto


Até o momento, a definição clara do uso ideal da terapia de pressão positiva nas vias aéreas (PAP) em pacientes com apneia obstrutiva do sono (AOS) é controversa devido à escassez de dados sobre a relação entre as horas de uso e os principais desfechos clínicos. O principal objetivo do estudo foi avaliar a relação dose-resposta entre o uso da PAP e a utilização de recursos de saúde e determinar o uso mínimo necessário do dispositivo para o benefício.

 

Métodos


População do estudo: indivíduos adultos com diagnóstico de AOS entre junho de 2014 e abril de 2018. Todos os participantes receberam terapia com PAP (AirSense 10; ResMed) com dados verificados de > 1 ano antes a 2 anos depois do início do uso do dispositivo. Os desfechos primários (relacionados à utilização de recursos de saúde) foram o número de hospitalizações por todas as causas e visitas de emergência dentro de 3, 12 e 24 meses após o início da terapia com PAP. O principal parâmetro de interesse foi a média de horas de uso de PAP/noite ao longo de 3, 12 e 24 meses. O uso médio de PAP foi categorizado em incrementos de 1 hora (de 1 a > 9 horas por noite).

 

Resultados


Os dados foram obtidos de 179.188 pacientes (média de idade de 52,5 anos e com predomínio do sexo masculino). Houve uma nítida relação dose-resposta entre o uso diário de PAP e a utilização de assistência médica. O uso mínimo do dispositivo necessário para o benefício foi de 1 a 3 horas por noite. Aos 3, 12 e 24 meses após a instalação da PAP, a utilização de cuidados de saúde diminuiu com o aumento do uso noturno de PAP até 8 horas por noite. Houve um ligeiro aumento nas taxas de eventos quando o uso de PAP era > 8 horas por noite, mas as taxas de eventos permaneceram abaixo daquelas com 1 hora de uso de PAP por noite. Houve uma redução de 5,1–9,7% nas taxas de eventos previstas com cada hora adicional por noite de uso de PAP. Isso correspondeu a uma faixa de reduções absolutas previstas de 3 a 11 hospitalizações e 9 a 48 consultas de emergência por 1.000 pacientes com cada hora adicional de uso de PAP.

 

Limitações


Os dados utilizados não incluíram a gravidade da AOS. Além disso, por não ser um ensaio clínico randomizado, os resultados podem refletir apenas associação em vez de causalidade.

 

Conclusões


Ao longo de 2 anos de acompanhamento, os dados sugerem uma relação dose-resposta entre o uso de PAP e a utilização de assistência médica, com benefícios observados mesmo quando o uso era tão baixo quanto 1 a 2 horas por noite (o que está abaixo do limite mínimo de uso tradicionalmente definido como de 4 horas/noite).

 

Ricardo Luiz de Menezes DuartePneumologista do IDT – UFRJ; Atual Coordenador do Departamento de Distúrbios Respiratórios do Sono da SBPT

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