Publicado em 7 jul 2018
Dupilumab Efficacy and Safety in Moderate-to-Severe Uncontrolled Asthma
Título do Estudo
Dupilumab Efficacy and Safety in Moderate-to-Severe Uncontrolled Asthma.
Fonte
New England Journal of Medicine (May 21, 2018).
Desenho do Estudo
– Estudo randomizado, duplo cego e placebo controlado, realizado entre maio de 2015 e setembro de 2016, com o objetivo de avaliar a eficácia do dupilumab em 1.902 pacientes com idade igual ou superior a 12 anos, portadores de asma moderada e grave não controlada (dose moderada/alta de corticosteroide inalatório, além de dois ou mais medicamentos utilizados para controle da doença).
– Os pacientes foram randomizados em quatro grupos: grupo (1) dupilumab na dose de 200mg SC a cada duas semanas e o seu grupo controle (2), placebo com volume equivalente SC; grupo (3) dupilumab na dose 300mg SC a cada duas semanas e o seu grupo placebo (4), SC com volume equivalente. O período de intervenção foi de 52 semanas, com período adicional de follow-up de 12 semanas após a intervenção.
– Foram avaliadas a eficácia (incidência de exacerbação pulmonar e variação do VEF1) e a segurança (efeitos adversos) do uso do dupilumab entre os grupos de intervenção e seus respectivos grupos controle (placebo).
Mensagens do Artigo
– Pacientes que receberam dupilumab apresentaram menores taxas de exacerbações da asma, quando comparado aos pacientes do grupo placebo (p<0,001). A redução da taxa de exacerbação foi similar nos grupos dupilumab (doses: 200mg e 300mg), quando comparados aos seus respectivos grupos placebos.
– Pacientes que receberam dupilumab apresentaram significativa melhora da função pulmonar (p<0,001) e maior controle da asma quando comparado aos pacientes do grupo placebo.
– Os benefícios (exacerbação e VEF1) foram mais significativos nos pacientes com maiores níveis de eosinofilia periférica (>300 células/mm3) e nos pacientes com FENO >25 a 50ppb, com resultados ainda melhores nos pacientes com FENO>50ppb.
– Hipereosinofilia foi mais observado nos pacientes tratados com o dupilumab (4,1%), quando comparado ao grupo placebo (0,6%).
Limitações do Estudo
– Não há informação no artigo quanto à adesão aos medicamentos que fazem parte do tratamento regular dos pacientes asmáticos avaliados.
Prof. Marcos César Santos de Castro