Effect of Dexamethasone on Nocturnal Oxygenation in Lowlanders With Chronic Obstructive Pulmonary Disease Traveling to 3100 Meters: A Randomized Clinical Trial

Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro

Profissionais de Saúde

Publicado em 6 abr 2019

Effect of Dexamethasone on Nocturnal Oxygenation in Lowlanders With Chronic Obstructive Pulmonary Disease Traveling to 3100 Meters: A Randomized Clinical Trial


Título do Estudo


Effect of Dexamethasone on Nocturnal Oxygenation in Lowlanders With Chronic Obstructive Pulmonary Disease Traveling to 3100 Meters: A Randomized Clinical Trial

 

Fonte


JAMA Network Open. 019 Feb 1;2(2):e190067.

 

Desenho do Estudo


Estudo randomizado, controlado por placebo, duplo cego e paralelo, realizado de 01 de maio a 31 de agosto de 2015, com 118 pacientes selecionados com DPOC, de ambos os gêneros, com idade de 20 a 75 anos, VEF1 > 50% do previsto, oximetria de pulso a 760m > 92%. Os pacientes foram submetidos à avaliação inicial a 760m, no Hospital Universitário, e, após eram levados de micro-ônibus numa viagem de 3 a 5 horas para a Clínica de Alta Altitude (3.100m), em Tuja-Ashu, na República do Quirguistã, do qual permaneciam por 2 dias. Os pacientes foram randomizados 1:1 para receberem dexametasona 4mg, via oral, duas vezes por dia, começando 24h antes da viagem e durante a permanência na clínica.

Em todo o mundo, milhões de pessoas vivem ou viajam para áreas montanhosas. A hipóxia hipobárica moderada em altitudes de 1.500 a 3.500m geralmente é bem tolerada por indivíduos saudáveis, porém a hipóxia noturna, respiração periódica, distúrbio da estrutura do sono e comprometimento da qualidade subjetiva do sono são consideradas queixas comuns. Analisando pessoas com doenças respiratórias pré-existentes, parece que elas são mais suscetíveis à hipoxemia e distúrbios do sono relacionadas à altitude. A opção do uso de oxigênio suplementar é incômoda e difícil para os viajantes com DPOC, sendo assim, outros meios para prevenir os efeitos adversos à saúde são necessários.

Em montanhistas saudáveis, a dexametasona ajuda na prevenção da doença aguda da montanha, reduzindo a pressão arterial pulmonar e estimulando a ventilação em indivíduos suscetíveis ao edema pulmonar em grandes altitudes.

 

Mensagens do Artigo


De 760m para 3.100m, houve dessaturação de 92% para 84% (IIQ 83-85%) e para 86% (IIQ 84-88%), respectivamente, no grupo placebo e da dexametasona. Houve uma diferença média de 3% (IC 95% 2-3%) entre os grupos no 1º dia e que foi mantida no 2º dia.

O índice de apneia/hipopneia aumentou no grupo placebo de 20,5 eventos/h (IIQ 12,3-48,1) para 39,4 eventos/h (IIQ 19,3-66,2) e se manteve estável no grupo da dexametasona de 25,9 eventos/h (IIQ 16,3-37,1) para 24,7 eventos/h (IIQ 13,2-33,7). Uma redução de 18,6 eventos/h (IC 95% 12-25,3)

O tratamento preventivo com dexametasona melhorou a saturação noturna de oxigênio, a redução do índice de apneia/hipopneia do sono e a qualidade subjetiva do sono. O efeito colateral descrito pelo uso da medicação foi hiperglicemia assintomática.

 

Limitações do Estudo


O estádio da DPOC foi leve, o tempo de acompanhamento do estudo foi curto e também foi limitados a uma localidade.  Os resultados não podem ser extrapolados para pacientes com DPOC grave.

 

Dra. Jane Clarice de Faria Ramos

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