Effect of tralokinumab, an interleukin-13 neutralising monoclonal antibody, on eosinophilic airway inflammation in uncontrolled moderate-to-severe asthma (MESOS): a multicentre, double-blind, randomised, placebo-controlled phase 2 trial

Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro

Profissionais de Saúde

Publicado em 19 jan 2019

Effect of tralokinumab, an interleukin-13 neutralising monoclonal antibody, on eosinophilic airway inflammation in uncontrolled moderate-to-severe asthma (MESOS): a multicentre, double-blind, randomised, placebo-controlled phase 2 trial


Título do Estudo


Effect of tralokinumab, an interleukin-13 neutralising monoclonal antibody, on eosinophilic airway inflammation in uncontrolled moderate-to-severe asthma (MESOS): a multicentre, double-blind, randomised, placebo-controlled phase 2 trial

 

Fonte


The Lancet Respiratory Medicine 2018. Jul;6(7):499-510.

 

Desenho do Estudo


– Estudo de fase 2, multicêntrico, duplo-cego, randomizado, placebo controlado, realizado em centros do Reino Unido, Dinamarca e Canadá.

– Foram recrutados 224 pacientes, no período de setembro de 2015 até junho de 2017, em pacientes adultos portadores de asma moderada-grave não controlada com diagnóstico estabelecido há mais de 12 meses. Todos os pacientes estavam livres de exacerbação há pelo menos 6 semanas e não apresentaram mais de 3 exacerbações com necessidade de corticoterapia oral nos últimos 12 meses.

-Foram excluídos pacientes com uso de corticoterapia sistêmica regular, imunobiológicos e/ou ex-tabagistas com carga tabágica ≥10 maços-ano. Foram selecionados 79 pacientes dos 224.

– Os pacientes foram randomizados para receber placebo (40 pacientes) ou tralokinumabe (300mg) (39 pacientes). Tanto o placebo, quanto o tralokinumabe foram administrados de forma subcutânea, a cada 2 semanas. Foram utilizados como desfechos: 1) contagem de eosinófilos na biópsia de mucosa brônquica no ingresso do estudo e na 12ª semana; 2) Modificação na contagem de eosinófilos no sangue e no escarro; 3) Dosagem de IgE sérico e FENO.

 

Mensagens do Artigo


– Tralokinumabe não ocasionou modificação significativa na contagem de eosinófilos na biópsia de mucosa brônquica na 12ª semana (treatment effect ratio 1·43, 95% CI 0·63–3·27; p=0·39).

– Comparado com o placebo, o tralokinumabe não alterou de forma significativa a contagem dos eosinófilos no sangue (treatment effect ratio 1·21, 95% CI 1·00–1·48; p=0·055), assim como no escarro (0·57, 0·06–6·00; p=0·63). Entretanto, a concentração do FENO (0·78, 0·63–0·96; p=0·023) e a concentração do IgE total no sangue foram significativamente menores (0·86, 0·77–0·97; p=0·014).

– Os efeitos adversos relacionados ao tratamento ocorreram mais frequentemente no grupo tralokinumabe (28%) quando comparado ao grupo placebo (18%). Infecções das vias aéreas superiores e cefaleia foram os efeitos adversos mais prevalentes.

– Tralokinumabe não afetou deforma significativa a inflamação eosinofílica na submucosa brônquica, no sangue ou no escarro, quando comparado com o placebo, mas reduziu a concentração do FENO e do IgE. Os resultados sugerem que a interleucinas 13 não é essencial para o controle da inflamação eosinofílica nos pacientes com asma moderada-severa.

 

Limitações do Estudo


– Os autores relataram como possível limitação o curto período de tratamento (12 semanas) com o tralokinumabe.

– Há questionamentos pelos próprios autores quanto à qualidade do material colhido no escarro induzido (eosinófilos no escarro), sugerindo que a interpretação dos resultados deveria ser realizada com maior cautela.

– Todos os pacientes foram tratados com corticosteroides inalatórios, levantando a possibilidade de interferência no eixo da interleucina-13.

– Não há informação no artigo quanto à adesão aos medicamentos de uso regular.

 

Dr. Marcos César Santos de Castro

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