Efficacy and safety of once-daily single-inhaler triple therapy (FF/UMEC/VI) versus FF/VI in patients with inadequately controlled asthma (CAPTAIN): a double-blind, randomised, phase 3A trial

Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro

Profissionais de Saúde

Publicado em 26 set 2020

Efficacy and safety of once-daily single-inhaler triple therapy (FF/UMEC/VI) versus FF/VI in patients with inadequately controlled asthma (CAPTAIN): a double-blind, randomised, phase 3A trial


Título do Estudo


Efficacy and safety of once-daily single-inhaler triple therapy (FF/UMEC/VI) versus FF/VI in patients with inadequately controlled asthma (CAPTAIN): a double-blind, randomised, phase 3A trial

 

Fonte


Lancet Respir Med 2020; in press (https://doi.org/10.1016/ S2213-2600(20)30398-2).

 

Objetivos


Avaliar a eficácia e segurança do uso de terapia tripla fechada em pacientes com asma não controlada com dose média e alta de ICS/LABA em comparação com Fluticasona/Vilanterol (FF/VI).

 

Métodos


Estudo duplo-cego, multicêntrico, conduzido em pacientes >ou= 18 anos, com asma não controlada, com VEF1 entre 30-85% do predito, usando ICS/LABA nas 12 semanas que antecediam o pré-screening e sem mudanças no tratamento nas últimas 6 semanas antes do pré-screening. Os elegíveis passavam por 3 semanas de Run-in utilizando Propionato de Fluticasona/Salmeterol 250/50mcg. Depois, por 2 semanas de estabilização, utilizando Furoato de Fluticasona/Vilanterol 100/25mcg.

Na randomização, os pacientes eram agrupados em 6 braços terapêuticos: Furoato de Fluticasona/Vilanterol (100/25 mcg ou 200/25 mcg) ou Furoato de Fluticasona/Vilanterol/Umeclidínio (100/25/31,25 mcg ou 100/25/62,5 mcg ou 200/25/31,25 mcg ou 200/25/62,5 mcg).

Desfecho primário foi a mudança do VEF1 na 24° semana; desfecho secundário a taxa de exacerbações moderadas e/ou grave. Outros desfechos foram: mudança do VEF1 após 3 horas do uso da medicação, mudanças nos escores de SGRQ e ACQ-7 na semana 24.

Todos os eventos adversos também foram documentados durante o estudo.

 

Resultados


A população de ITT (intention to treat) foi de 2436 pacientes alocados nos 6 braços do estudo (1:1:1:1:1:1). A média do VEF1 na triagem foi de 58,5%; 67% dos pacientes estavam em dose média de ICS e 63% apresentavam história de exacerbação no ano anterior ao estudo.

A adesão média ao tratamento nos braços do estudo foi de 95%.

Houve aumento de 110ml e de 92ml no VEF1 dos grupos em uso de FF/VI/UMEC 100/25/62,5 mcg e 200/25/62,5 mcg, respectivamente. Os grupos com doses mais baixas de umeclidínio também apresentaram aumento do VEF1.

A adição de umeclidínio 62,5mcg trouxe redução de 13% na taxa anual de exacerbação moderada/grave. Com a dose mais baixa do antimuscarínico não foi observada redução da taxa de exacerbações.

Melhora no ACQ-7 foi observada em todos os braços. Houve uma discreta melhora, dose-relacionada, neste questionário ao se acrescentar o umeclidínio. O incremento no escore de controle foi alcançado após 4 semanas de uso das medicações e foi sustentado durante todo o restante do estudo. Melhoras no SGRQ foram observadas também em todos os braços, sem diferenças estatísticas entre eles.

Os braços com dose elevada de ICS apresentaram menores taxas de exacerbações moderadas/graves, com pouco incremento na função pulmonar. Quando se avaliou subgrupos com maior resposta eosinofílica, o aumento do ICS acarretou elevação da função pulmonar e redução das exacerbações. Nestes mesmos subgrupos, o acréscimo do Umeclídínio trouxe melhora da função pulmonar  com pouco impacto no número de exacerbações.

Com relação aos eventos adversos, estes foram semelhantes entre os grupos do estudo. Os mais comuns foram cefaleia, nasofaringite e infecções do trato respiratório superior. Ocorreram 2 mortes no grupo FF/VI/UMEC 100/25/32,25 mcg (TEP e cardiomiopatia hipertrófica) e uma morte no grupo FF/VI 200/25 mcg (colapso circulatório).

 

Conclusão


As diferentes doses de Umeclidínio trouxeram ganhos funcionais aos pacientes com asma moderada e grave. Melhora sintomática e o controle foram atingidos sob uma forma dose dependente com o acréscimo do antimuscarínico.

Houve também redução da taxa de exacerbação. A redução encontrada com acréscimo de umeclidínio ao esquema FF/VI 100/25 mcg, sugere que a droga estudada pode ser uma alternativa ao aumento do ICS, principalmente na população com resposta não-Th2.

 

Limitações


A principal limitação foi a baixa taxa de exacerbação entre os pacientes, talvez decorrente do efeito anti-inflamatório do Furoato de Fluticasona ou da população de baixo risco avaliada no estudo.

 

Dr Julio Ferenzini

Artigos |

Voltar



Empresas Parceiras



Atalho para à página do Facebook da empresa.