Publicado em 18 abr 2020
High risk of thrombosis in patients in severe SARS-CoV-2 infection: a multicenter prospective cohort study
Título do Estudo
High risk of thrombosis in patients in severe SARS-CoV-2 infection: a multicenter prospective cohort study
Fonte
Intensive Care Medicine (2020); DOI: 10.1007/s00134-020-06062-x.
Resumo
Pacientes com síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV2), admitidos em unidade de terapia intensiva (UTI), onde alguns podem desenvolver coagulopatia, associando-se assim a um pior prognóstico da doença.
Recomendações recentes sobre o manejo da coagulopatia usando como marcadores da coagulação padrão o dímero –D, tempo de pró-trombina, fibrinogênio e contagem de plaquetas. Apesar da evidencia crescente de distúrbio da coagulação, não há dados disponíveis para aqueles pacientes mais graves internados em terapia intensiva. A relevância clínica destes resultados ainda pode ser questionável. Com base em exame clinico abrangente, dados biológicos e radiológicos de uma coorte prospectiva e homogênea de pacientes críticos com Síndrome do desconforto respiratório agudo por SARS CoV-2 admitidos em 4 unidades UTI em 2 centros de Hospitais terciários objetivando descrever os eventos trombóticos induzidos pelo COVID-19 e comparando com os pacientes com Síndrome do desconforto respiratório agudo não COVID-19.
64 complicações trombóticas clinicamente relevante foram diagnosticadas, principalmente a embolia pulmonar (16,7%). Relatados eventos como coagulação do circuito em paciente em terapia de substituição dialítica e em suporte de ECMO. A maioria dos pacientes apresentavam dímero-D e fibrinogênio elevados. Nenhum desenvolveu coagulação intravascular disseminada. Os parâmetros de coagulação diferiam significantemente nos dois grupos.
Conclusão
O estudo demonstra que 71,4% dos óbitos atenderam aos critérios de coagulação intravascular disseminada (DIC). Apesar da anticoagulação, um grande número de pacientes com síndrome respiratória aguda grave secundária a infecção pelo COVID-19 desenvolveram complicações trombóticas com risco de vida. Portanto alvos de anticoagulação mais altas provavelmente devem ser sugeridos nestes pacientes.
Dra Patrícia Andrade Meireles