Publicado em 19 set 2020
Long-term survival following initiation of home non-invasive ventilation: a European study
Título do Estudo
Long-term survival following initiation of home non-invasive ventilation: a European study
Fonte
https://thorax.bmj.com/content/early/2020/09/06/thoraxjnl-2019-214204
Introdução
Embora a ventilação não invasiva domiciliar (VNI) seja cada vez mais usada no manejo de pacientes com insuficiência respiratória crônica, os dados sobre a evolução desses pacientes no longo prazo são limitados. O objetivo era identificar os pacientes em uso de VNI domiciliar e o resultado de longo prazo de dois centros europeus.
Métodos
Análise de coorte incluindo todos os pacientes em VNI domiciliar de dois centros europeus entre 2008 e 2014.
Resultados
ResultadosA VNI domiciliar foi iniciada em 1746 pacientes para tratar insuficiência respiratória crônica causada por (1) síndrome de hipoventilação da obesidade ± apneia obstrutiva do sono (29,5%); (2) doença neuromuscular (22,7%); e (3) doenças obstrutivas das vias aéreas (19,1%). A sobrevida média geral da coorte após o início da VNI foi de 6,6 anos. A sobrevida média variou de acordo com a etiologia subjacente da insuficiência respiratória: Doença Neuromuscular rapidamente progressivo 1,1 anos, doença obstrutiva das vias aéreas 2,7 anos, apneia do sono > 7 anos e doença neuromuscular lentamente progressivo > 7 anos. A análise multivariada demonstrou maior mortalidade em pacientes com neuropatias rapidamente progressivo (HR 4,78, IC 95% 3,38 a 6,75), doenças obstrutiva de vias aéreas (HR 2,25, IC 95% 1,64 a 3,10), paciente que iniciaram VNI após os 60 (HR 2,41, 95 % CI 1,92 a 3,02) e VNI indicada após uma internação (HR 1,38, 95% CI 1,13 a 1,68).
Conclusão
A taxa de mortalidade após o início da VNI domiciliar é alta, mas varia significativamente de acordo com a causa base da insuficiência respiratória. Em pacientes com insuficiência respiratória crônica, o início da VNI domiciliar após uma internação por exacerbação e baixos níveis de adesão à VNI são características de mau prognóstico.
Dr Auriston Ferraz