Midlife cardiorespiratory fitness and the long-term risk of chronic obstructive pulmonary disease

Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro

Profissionais de Saúde

Publicado em 7 set 2019

Midlife cardiorespiratory fitness and the long-term risk of chronic obstructive pulmonary disease


Título do Estudo


Midlife cardiorespiratory fitness and the long-term risk of chronic obstructive pulmonary disease

 

Fonte


Thorax. 2019 Sep;74(9):843-848.

 

Desenho do Estudo


A questão do artigo é a pergunta se seria bom realizar exercícios cardiorrespiratórios para pessoas de meia idade na prevenção de risco em Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). O estudo foi realizado na Dinamarca, em homens na idade de 40 a 59 anos, no total de 5.286, no período de 1970 a 1971. Os participantes se autoclassificavam com tabagistas ativos, ex-tabagistas ou nunca fumaram. E sobre o grau de atividade física (baixa, moderada ou alta, de acordo com a média diária), escolaridade, ocupação e se tinham diabetes melito. Participantes que já informavam que tinham DPOC ou asma foram excluídos do estudo e bem como indivíduos que respondiam que tinham tosse produtiva na maioria dos dias, por 3 meses seguidos, por dois anos ou mais consecutivamente. Todos os participantes realizavam no início do estudo cicloergometria. Todos os indivíduos tinham o VO2 medido e diferenciados em 3 níveis: baixo, normal e alto. Foram acompanhados e anotados a 1ª vez que aparecesse o código internacional de DPOC e também a data de atendimento da rede de saúde na Dinamarca e também a data de mortalidade até 2016 durante os 46 anos.

 

Mensagens do Artigo


1) A atividade física reduz o risco de DPOC, em 18% (RR 0,82 – IC95% 0,66-1,01 – p=0,07), em pessoas com baixa atividade física;

2) A atividade reduz o risco de DPOC em pacientes com normal ou em elevada atividade física, respectivamente, em 21% (RR 0,79 – IC95% 0,63-0,99, p=0,038) e 31% (RR 0,69 – IC95% 0,52-0,91, p=0,01)

3) O risco de morte foi reduzido em todos os graus de atividade. Nos pacientes com elevada atividade física houve redução de risco de 62% (RR 0,38 – IC 95% 0,23-0,61, p<0,001).

4) A atividade física está associada a redução do início de diagnóstico e da mortalidade no grupo de pacientes com DPOC.

 

Limitações do Estudo


Embora o estudo tivesse excluído pacientes com DPOC, Asma e com sintomas de bronquite crônica, a espirometria basal (no início do estudo em 1970/1971) não foi realizada e alguns dos incluídos poderiam ter disfunção pulmonar. O diagnóstico de DPOC foi determinado por um registro de pacientes da Dinamarca, que mesmo validado previamente, poderia ter falhas. E a terceira limitação foi o hábito de fumar que pode ser diferente entre os indivíduos, com aumento ou redução da carga tabágica nas décadas de acompanhamento.

 

Professor Rogério Rufino

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