No Dia Nacional de Combate ao Fumo, Pneumologistas relatam que a pandemia obrigou tabagistas a mudarem os hábitos

Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro

Profissionais de Saúde

Publicado em 29 ago 2020

No Dia Nacional de Combate ao Fumo, Pneumologistas relatam que a pandemia obrigou tabagistas a mudarem os hábitos


Pneumologistas relatam que no período da pandemia um maior volume de pessoas tentou cessar o uso do tabaco por preocupação com saúde dos pulmões caso tenham covid. Perceberam ainda que houve uma redução do consumo também por dificuldade de acesso no inicio do isolamento social, mas pelo mesmo motivo, outros tabagistas formaram  estoque em casa. À parte, “uma indústria farmacêutica gerou aviso que um de seus medicamentos para cessar tabagismo teria redução transitória de oferta devido dificuldade de logística em função da pandemia”, explicou o médico Gunther Kissmann, responsável pela Comissão de Tabagismo da Sociedade de Pneumologia do Rio de Janeiro, a SOPTERJ .


OMS: “Protegendo os jovens da manipulação da indústria e prevenindo o uso do tabaco e nicotina”.

Em 2020, com a persistência do avanço da indústria do tabaco sobre os jovens, utilizando múltiplos mecanismos para consumo de seus produtos, a Organização Mundial da Saúde, OMS, definiu como tema do ano: “Protegendo os jovens da manipulação da indústria e prevenindo o uso do tabaco e nicotina”.

Gunther Kissmann explica como ocorre a “prospecção” por novos tabagistas: “Há múltiplas frentes de busca por novos consumidores, por parte da indústria tabagista. Por exemplo:

. variedade de dispositivos, com design atraente
. variedade de flavorizantes / sabores
. uso / patrocínio de influenciadores
. inserção em eventos / festas com amostras grátis
. apresentação de produtos em canais virtuais / streaming
. no caso dos HTPs (produtos de tabaco aquecido), há uma tentativa de vinculação do uso desse cigarro com a ideia de redução de danos”, disse Gunther Kissmann. “Os HTPs (aparelhos de aquecimento, inclusive cigarro eletrônico) trazem maior margem de lucro. A perspectiva de vendas em 2016 era de US$2,1 bilhões, e US$17,0 bilhões em 2021. (Fonte: OMS/Euromonitor)”.


Pela primeira vez, desde 2006, houve aumento no consumo de tabaco no Brasil

Anualmente o Ministério da Saúde no Brasil realiza uma pesquisa sobre doenças crônicas não transmissíveis, dentre elas, o uso do tabaco. O resultado da última pesquisa foi disponibilizado recentemente e remete a um alerta: no último ano, houve uma mudança no padrão de uso do tabaco no Brasil.

“Pela primeira vez, desde 2006, houve aumento no consumo de tabaco. Partimos de 15,7% em 2006, chegamos a 9,3% em 2018, mas em 2019, 9,8% dos brasileiros pesquisados disseram ter feito uso do tabaco. Um possível fator para o aumento foi a inserção nos tópicos de pesquisa da pergunta sobre uso de cigarro eletrônico. É necessário manter vigilância e atuar sobre fatores evitáveis de agressão à saúde”, disse o médico Gunther Kissmann.

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