Overall Survival with Osimertinib in Resected EGFR-Mutated NSCLC

Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro

Profissionais de Saúde

Publicado em 1 jul 2023

Overall Survival with Osimertinib in Resected EGFR-Mutated NSCLC


Título do Estudo


Overall Survival with Osimertinib in Resected EGFR-Mutated NSCLC

 

Fonte


Masahiro Tsuboi, M.D., et al. – June 4, 2023         DOI: 10.1056/NEJMoa2304594

 

Contexto


Entre os pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) ressecado, com mutação no receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR), estágio IB a IIIA, o tratamento adjuvante com osimertinibe, com ou sem quimioterapia adjuvante prévia, resultou em sobrevida livre de doença significativamente maior do que o placebo no estudo ADAURA.

 

Métodos


Nesse estudo duplo-cego de fase III, estratificamos aleatoriamente pacientes elegíveis em uma proporção de 1:1 para receber osimertinibe (80 mg uma vez ao dia) ou placebo até que a recidiva da doença fosse observada, o regime do estudo fosse concluído (3 anos) ou um critério de descontinuação fosse atendido. O objeto final primário foi a sobrevida livre de doença avaliada pelo investigador entre os pacientes com doença em estágio II a IIIA. Os desfechos secundários incluíram a sobrevida livre de doença entre os pacientes com doença em estágio IB a IIIA, sobrevida global e segurança.

 

Resultados


Dos 682 pacientes que foram submetidos à estratificação, 339 receberam osimertinibe e 343 receberam placebo. Entre os pacientes com doença em estágio II a IIIA, a sobrevida global em 5 anos foi de 85% no grupo do osimertinibe e 73% no grupo do placebo (razão de risco global para morte, 0,49; IC de 95,03%, 0,33 a 0,73; P<0,001). Na população geral (pacientes com doença em estágio IB a IIIA), a sobrevida geral em 5 anos foi de 88% no grupo do osimertinibe e 78% no grupo do placebo (razão de risco geral para morte, 0,49; IC de 95,03%, 0,34 a 0,70; P<0,001). O osimertinibe adjuvante teve um perfil de segurança consistente com o da análise primária.

 

Conclusões


O osimertinibe adjuvante proporcionou um benefício significativo de sobrevida global entre os pacientes com CPNPC em estágio IB a IIIA, com mutação de EGFR, completamente ressecados.

 

Comentários


O tratamento com osimertinibe após a cirurgia reduziu significativamente o risco de morte em adultos com CPNPC com mutação de EGFR completamente ressecado nos estágios IB, II ou IIIA, de acordo com os resultados do estudo internacional ADAURA. A pesquisa foi apresentada na Reunião Anual da ASCO de 2023 por Roy S. Herbst, e colaboradores. O CPNPC com mutação de EGFR representa aproximadamente 30% a 40% dos casos de câncer de pulmão na Ásia e cerca de 10% a 25% dos cânceres de pulmão nos Estados Unidos e na Europa. Apesar do uso de quimioterapia após a cirurgia de câncer de pulmão, as taxas de recorrência da doença em pacientes com NSCLC nos estágios IB a IIIA são altas e aumentam com o estágio da doença. O osimertinibe é um inibidor de tirosina quinase de terceira geração, ativo no sistema nervoso central, e é o primeiro agente direcionado a ser aprovado pela U.S. FDA como tratamento adjuvante para pacientes com NSCLC ressecado em estágio IB a IIIA com mutação de EGFR. O ADAURA é o primeiro estudo global de fase III a encontrar benefícios estatisticamente significativos de sobrevida livre de doença e sobrevida global estatisticamente significativa usando osimertinibe em pacientes com NSCLC em estágio IB a IIIA com mutação de EGFR, operados.

 

Mauro Zamboni; MD; MSC; PhD – Mestre e Doutor em Pneumologia pela Universidade Federal Fluminense – Professor Adjunto de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Petrópolis/UNIFASE

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