Persistent N2 After Induction Is Not a Contraindication to Surgery for Lung Cancer

Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro

Profissionais de Saúde

Publicado em 3 set 2022

Persistent N2 After Induction Is Not a Contraindication to Surgery for Lung Cancer


Título do Estudo


Persistent N2 After Induction Is Not a Contraindication to Surgery for Lung Cancer

 

Fonte


Andrews WG, Louie BE, Castiglioni M, Aye RW, Vallières E, Bograd AJ. Persistent N2 after induction is not a contraindication to surgery for lung câncer. Ann Thorac Surg 2022; 114:394-400.https://doi.org/10.1016/jathoracsur.2021.11.010.

 

Introdução


O tratamento cirúrgico do câncer de pulmão N2 é controverso. Para uns, a doença N2 persistente após tratamento neoadjuvante é considerada uma contraindicação para cirurgia. O objetivo deste estudo foi avaliar os resultados após cirurgia no tratamento de pacientes com doença N2 persistente pós terapia neoadjuvante, numa coorte selecionada de pacientes cirúrgicos.

 

Métodos


Trata-se de um estudo retrospectivo em pacientes tratados cirurgicamente de 2001 a 2018. Todos os pacientes foram estadiados inclusive com estadiamento mediastinal invasivo. Foram incluídos no estudo pacientes : a) com doença N2 persistente “non-bulky” ( linfonodos menores que 2,5cm, sem invasão extracapsular), b) potencialmente elegíveis para uma ressecção R0.

Após a cirurgia, os pacientes foram reclassificados em 2 grupos : 1) ressecção completa incerta, pois a estação linfonodal mais alta estava comprometida e 2) ressecção completa (R0).

Análise de sobrevida pelo método de Kaplan-Meier foi aplicada.

 

Resultados


Cinquenta e quatro pacientes foram incluídos no estudo.

Após neoadjuvância, 31 pacientes (57%) demonstraram doença N2 persistente e 23 pacientes (43%) apresentaram “downstaging) da doença mediastinal. Estadiamento mediastinal invasivo foi realizado em 98.1% e 75,9% dos pacientes apresentavam apenas uma estação linfonodal comprometida. Ressecção com margens negativas foi obtida em todos os pacientes, porém 8 pacientes foram reclassificados com ressecção completa incerta (unR).

No grupo com doença N2 persistente, a sobrevida mediana foi de 26 meses para o grupo (un)R e 69 meses para o grupo R0.

No grupo em que se obteve o “downstaging” a sobrevida foi de 67 meses.

 

Conclusões


1) A sobrevida dos pacientes com N2 persistente após neoadjuvância, porém com ressecção R0, foi similar à dos pacientes com “downstaging” (p=0,31). Pacientes selecionados com doença N2 persistente após neodjuvância e passíveis de R0 se beneficiam do tratamento cirúrgico.

 

Críticas/Comentários


1) Estudo retrospectivo

2) N pequeno

3) Uniinstitucional

4) De certo odo corrobora os dados de Nael Martini no final da década de 70 em que demonstrou vantagem em operar pacientes com doença N2 mínima.

 

Dr. Carlos Henrique R Boasquevisque
Professor Associado de cirurgia Torácica FM-UFRJ

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