Pulmonary function and radiological features four months after COVID-19: first results from the national prospective observational Swiss COVID-19 lung study

Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro

Profissionais de Saúde

Publicado em 20 mar 2021

Pulmonary function and radiological features four months after COVID-19: first results from the national prospective observational Swiss COVID-19 lung study


Título do Estudo


Pulmonary function and radiological features four months after COVID-19: first results from the national prospective observational Swiss COVID-19 lung study

 

Fonte


European Respiratory Journal 2021; DOI: 10.1183/13993003.03690-2020.

 

Relevância do Tema


A COVID-19, causada pela síndrome respiratória aguda coronavírus 2 (SARS-CoV-2), é responsável pela atual pandemia e por mais de 1,4 milhões de óbitos em todo mundo. Embora já tenhamos descoberto muito sobre a patogênese e o tratamento da doença aguda, os resultados intermediários e a longo prazo ainda são desconhecidos.

Desenho do Estudo


É um estudo de coorte observacional prospectivo, multicêntrico, realizado na Suiça.

O estudo abrangeu adultos para acompanhamento clínico inicial após 4 meses de COVID-19 leve a moderado ou grave a crítico, de acordo com a classificação de gravidade da OMS.

Foram analisados testes funcionais pulmonares, como medição da capacidade de difusão do monóxido de carbono (DLCO), testes de caminhada de 6 minutos (6-MWT), força muscular respiratória estimada pela medida da pressão inspiratória estática máxima (PImáx) e da pressão expiratória estática máxima (PEmáx). Além da tomografia computadorizada (TC) do tórax, realizada em pacientes clinicamente sintomáticos.

 

Resultados


Foram incluídos no estudo 113 pacientes, 66 pacientes após COVID-19 grave/crítico e 47 pacientes após COVID-19 leve/moderado.

O acompanhamento ocorreu de 01 de maio até 15 de setembro de 2020.

Os pacientes com doença grave/crítica eram mais velhos e o índice de massa corporal (IMC) foi significativamente maior. As principais comorbidades associadas foram hipertensão arterial sistêmica, diabetes melitus e doença renal crônica.

A capacidade pulmonar total (CPT), capacidade vital forçada (CVF), volume expiratório forçado em 1 segundo (VEF1) e DLCO foram significativamente menores em pacientes após COVID-19 grave a crítico, em comparação com pacientes após doença leve a moderada.

Após ajuste para idade, sexo e IMC, os pacientes após COVID-19 grave/crítico tiveram 20,9% DLCO previsto (IC 95% 12,4–29,4, p = 0,01) mais baixo no acompanhamento, e foi considerado o fator independente mais forte associado a doença grave/crítica.

Também foi observada diminuição da distância no teste da caminhada (6-MWD) e dessaturação de oxigênio induzida por exercício mais prevalente no grupo de doença grave a crítica.

As características radiológicas que foram significativamente mais prevalentes após COVID-19 grave a crítico do que após COVID-19 leve a moderado incluíram padrão de atenuação em mosaico com áreas hipoatenuadas (66% versus 13%, p = 0,007), reticulações (59% versus 13%, p = 0,02) e distorção arquitetural (52% versus 13%, p = 0,055).

 

Limitações do Estudo


Este estudo apresenta um número de pacientes ainda pequeno, além de ser necessário um período maior de acompanhamento para análise das possíveis consequências pulmonares a longo prazo da COVID-19.

Os exames iniciais de função pulmonar e de imagem não estavam disponíveis, dessa forma, os pacientes que apresentaram doença grave/crítica podem ter uma doença pulmonar predisponente não diagnosticada e, consequentemente, função pulmonar pior no acompanhamento.

 

Dra.  Bárbara Bracarense

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