Reconsidering the Utility of Race-Specific Lung Function Prediction Equations

Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro

Profissionais de Saúde

Publicado em 31 jul 2022

Reconsidering the Utility of Race-Specific Lung Function Prediction Equations


Título do Estudo


Reconsidering the Utility of Race-Specific Lung Function Prediction Equations

 

Fonte


AJRCCM 2022; April 1 – Baugh, Aaron e col.

 

Introdução


Pacientes DPOC afro-americanos apresentam piores desfechos clínicos em relação a caucasianos. Este estudo objetiva entender se o uso de equações de referência específicas para raça pode resultar em perda de sensibilidade no reconhecimento de declínio patológico de função pulmonar considerando-o, equivocadamente, como variação normal.

 

Objetivo e Metodologia


Foi acompanhada uma coorte multicêntrica que inclui pacientes tabagistas (> 20 maços-ano) com risco de desenvolvimento de DPOC e também pacientes com a doença já estabelecida. A raça  considerada foi a auto-referida pelos participantes. Os valores de VEF1 e CVF foram comparados a referências preditas usando equações raça-específica e equações universais, de maneira a verificar qual delas melhor se relacionava com desfechos clínicos da doença – questionário CAT, questionário respiratório de Saint George, percentual de enfisema e espessura da parede de vias aéreas na TC de tórax e teste de caminhada de 6 minutos.

 

Resultados


Com o uso das equações de referência raça-específicas, os participantes afro-americanos tiveram uma função pulmonar estimada superior aos caucasianos (percentual de previsto do VEF1 76,8% vs 71,8% p valor 0,02). Já com o uso da equação de Hackinson para brancos não hispânicos, a função pulmonar dos afroamericanos foi pior que a dos caucasianos (VEF1 64,7% vs 71,8% p < 0,001). Com as equações de outras raças da Global Lung Initiative, obteve-se VEF1 70,0% vs 77,9% respectivamente. Erros de predição por regressão linear foram menores nas equações universais comparadas àquelas raça-específicas ao comparar o percentual do VEF1 com questionário CAT, questionário respiratório de Saint George e espessura da parede de via aérea (todos P<0,01). Conclui-se que as equações raça-específicas podem subestimar a gravidade da DPOC em pacientes afro-americanos.

 

Limitações


– O conceito de ancestralidade é diferente do conceito de raça (auto-reportada), sendo a primeira superior em predizer a função pulmonar.

– Apesar de multicêntrica, a coorte SPIROMICS é composta de participantes exclusivamente norte-americanos, limitando a capacidade de extrapolar os resultados para outros povos.

– Há uma tendência em buscar variáveis antropométricas alternativas, que melhor estimam a função pulmonar, como por exemplo a altura do tronco, um preditor melhor que a altura total. Tais variáveis não foram utilizadas no estudo em questão.

 

Dr Renato Azambuja

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