Publicado em 4 abr 2020
Special Report – Renin–Angiotensin–Aldosterone System Inhibitors in Patients with Covid-19
Título do Estudo
Special Report – Renin–Angiotensin–Aldosterone System Inhibitors in Patients with Covid-19
Fonte
The New England Journal of Medicine March 30, 2020. DOI: 10.1056/NEJMsr2005760.
Contexto
Dado o uso comum de inibidores da ECA e bloqueadores de receptores de angiotensina (BRA) em todo o mundo, são urgentemente necessárias orientações sobre o uso desses medicamentos em pacientes com Covid-19. Relatos iniciais colocam a hipertensão arterial como fator de risco mesmo isolado em pacientes com Covid-19. Na maioria das séries de casos da China durante a pandemia, a hipertensão foi a condição coexistente mais frequente em 1099 pacientes, com prevalência estimada de 15%.
Problemas
Estudos pré-clínicos selecionados sugeriram que os inibidores do RAAS podem aumentar a expressão da ACE2, levantando preocupações sobre sua SEGURANÇA em pacientes com Covid-19.
Foi postulado, mas não comprovado, que a atividade inabalável da angiotensina II pode ser em parte responsável pela lesão de órgãos em Covid-19.
A infecção e replicação viral continuada contribuem para a expressão reduzida de ACE2 da membrana, pelo menos in vitro. A regulação negativa da atividade da ACE2 nos pulmões facilita a infiltração inicial de neutrófilos.
Limitações
Até agora, o que existe é insuficiente para determinar se essas drogas (iECA e BRA) são indutoras de formas graves em seres humanos e nenhum estudo avaliou os efeitos dos inibidores do sistema renina-angiotensina-aldosterona (RAAS) na Covid-19.
Faltam dados mostrando os efeitos dos inibidores da ECA e BRA na expressão específica da ACE2 nos pulmões em modelos experimentais de animais e em humanos.
Mensagens do artigo
Ensaios clínicos estão acontecendo para testar a segurança e eficácia dos moduladores de RAAS, incluindo ACE2 humano recombinante e bloqueadores dos receptores de angiotensina como o losartan e derivados na Covid-19.
A retirada abrupta de inibidores do SRAA em pacientes de alto risco, incluindo pacientes com insuficiência cardíaca ou infarto do miocárdio, pode resultar em INSTABILIDADE clínica e RISCOS à saúde.
Até que dados adicionais estejam disponíveis, acreditamos que os inibidores do RAAS, DEVEM SER CONTINUADOS em pacientes em condições estáveis que estão em RISCO, EM AVALIAÇÃO OU JÁ DIAGNOSTICADOS COM A COVID-19.
Dr Gleison Marinho Guimarães