The effectiveness of COVID-19 vaccines to prevent long COVID symptoms: staggered cohort study of data from the UK, Spain, and Estonia

Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro

Profissionais de Saúde

Publicado em 17 jun 2024

The effectiveness of COVID-19 vaccines to prevent long COVID symptoms: staggered cohort study of data from the UK, Spain, and Estonia


Título do Estudo


The effectiveness of COVID-19 vaccines to prevent long COVID symptoms: staggered cohort study of data from the UK, Spain, and Estonia

 

Fonte


Lancet Respir Med 2024; 12: 225–36 – Published Online – January 11, 2024 – https://doi.org/10.1016/S2213-2600(23)00414-9

 

Introdução


Estudos sugerem que aproximadamente uma em cada dez pessoas infectadas pelo SARS-CoV-2 apresentam sintomas persistentes, com risco aumentado dedesenvolver COVID longa associado à idade, sexo feminino e comorbidades., a OMS caracterizou a condição pós-COVID-19 como infecção provável ou confirmada por SARS-CoV-2, com sintomas novos ou persistentes 3 meses após a infecção que não podem ser explicados por causas alternativas. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito global da vacinação na prevençãoda COVID longa e avaliar a eficácia comparativa das vacinas mais utilizadas na Europa: BNT162b2 (Pfizer–BioNTech), mRNA-1273 (Moderna), ChAdOx1 (Oxford–AstraZeneca) e Ad26.COV2.S (Janssen).

 

Métodos


Foram utilizados dados de saúde anônimos, de três países europeus: registros de saúde do Reino Unido (o Clinical PracticeResearchDatalink CPRD GOLD e CPRD AURUM), da Catalunha, Espanha (SIDIAP) e da Estônia (CORIVA). Este estudo foi concebido como um estudo de coorte escalonado seguindo as diretrizes de implementação da vacina no Reino Unido, Espanha e Estônia. Para cada base de dados e país, foram criadas quatro coortes de estudo.Em cada coorte, as pessoas foram acompanhadas desde a data do índice até ao final da data de extração de dados. Todas as quatro marcas de vacinas foram incluídas nas análises de eficácia.A COVID longa foi estabelecida na presença de pelo menos um registro de qualquer um dos sintomas predefinidos entre 90 e 365 dias após a data de um teste PCR positivo ou diagnóstico clínico de COVID-19, sem registro desse sintoma 180 dias antes da infecção por SARS-Cov-2.

 

Resultados


A amostra compreendeu um total de 1.618.395 (CPRD GOLD), 5.729.800 (CPRD AURUM), 2.744.821 (SIDIAP) e 77.603 (CORIVA) pessoas vacinadas e 1.640.371 (CPRD GOLD), 5.860.564 (CPRD AURUM), 2.588.518 (SIDIAP) e 302.267 (CORIVA) pessoas não vacinadas.

A vacinação com qualquer primeira dose de vacina contra COVID-19 foi associada a um risco reduzido de desenvolver COVID longa em todos os bancos de dados, com dados meta-analíticos sHRs calibrados de 0,54 (IC 95% 0,44–0,67) em CPRD GOLD, 0,48 (0,34– 0,68) em CPRD AURUM, 0,71 (0,55–0,91) no SIDIAP e 0,59 (0,40– 0,87) no CORIVA.

Análises estratificadas foram realizadas para BNT162b2 (Pfizer–BioNTech), e ChAdOx1 (Oxford-AstraZeneca). Nenhuma análise foi feita para mRNA-1273 (Moderna) e Ad26.COV2.S (Janssen), devido ao tamanhode amostra insuficiente e forte evidência de confusão não resolvida.

 

Conclusões


As análises de mais de 20 milhões de pessoas vacinadas e não vacinadas mostram a eficácia clínica das vacinas contra a COVID-19 na prevenção do desenvolvimento da COVID longa especialmente para adultos, em três países europeus (Reino Unido, Estónia e Espanha), com a eficácia global da vacina variando entre 29% e 52%. Essas descobertas foram robustas para múltiplas análises de sensibilidade e várias definições de COVID longa

Em todas as coortes, foi observado um efeito preventivo ligeiramente mais forte para a primeira dose da vacina BNT162b2 (Pfizer BioNTech) do que para a vacina ChAdOx1 (Oxford/AstraZeneca).

 

Limitações


– As mudanças na definição de COVID longa com o passar do tempo.

– A subnotificação de alguns sintomas pode ter levado a taxas subestimadas de COVID longa.

– A subnotificação de COVID-19 devido a testes ou diagnósticos perdidos em casos assintomáticos.

– Dada a natureza observacional dos dados, não é possível garantir a ausência de confundimento.

– O estudo recebeu subsídios da Amgen, Chiesi-Taylor, Lilly, Janssen, Novartis, UCB Biopharma, da Agência Europeia de Medicamentos e da Iniciativa de Medicamentos Inovadores. Honorários de consultoria da Astra Zeneca e da UCB Biopharma, e do Ministério dos Assuntos Sociais da Estônia.

 

Ana Carolina Machado é pneumologista formada pela UFF, pneumologista rotina no Instituto Estadual de Doenças do Tórax Ary Parreiras/RJ.

 

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