The independent contribution of Pseudomonas aeruginosa infection to long-term clinical outcomes in bronchiectasis.

Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro

Profissionais de Saúde

Publicado em 24 fev 2018

The independent contribution of Pseudomonas aeruginosa infection to long-term clinical outcomes in bronchiectasis.


Título do Estudo


The independent contribution of Pseudomonas aeruginosa infection to long-term clinical outcomes in bronchiectasis

 

Fonte


European Respiratory Journal. 2018 Jan 31;51(2).

 

Desenho do Estudo


Estudo multicêntrico com a análise dos dados de 2.596 pacientes adultos (≥ 18 anos) portadores de bronquiectasias (não fibrose cística) em acompanhamento em 10 centros clínicos localizados na Europa e em Israel por um período de seguimento de 5 anos (2007 – 2013). O estudo tinha como objetivos avaliar a prevalência de infecção crônica (isolamento do patógeno em pelo menos duas culturas com intervalo de 3 meses, nos últimos 12 meses) por Pseudomonas aeruginosa (PA) e seu impacto nas exacerbações, número de internações hospitalares, qualidade de vida (St George’s Respiratory Questionnaire) e mortalidade. Foram excluídos do estudo pacientes portadores de fibrose cística, pacientes com bronquiectasias de tração por doenças fibrosantes e pacientes com infecção por micobactérias (MNT).

 

Mensagens do Artigo


– Neste estudo, a prevalência de infecção crônica (colonização) por PA foi de 15% (n=389 pacientes).

– A colonização por PA foi considerada como um fator independente de mortalidade apenas nos pacientes com exacerbações frequentes, ou seja, duas ou mais exacerbações por ano (HR 2,03; 95% CI 1,36–3,03; p=0,001).

– Colonização por PA apresentou associação com exacerbações mais frequentes (p=0,001), maior número de internações hospitalares (p<0,001) e piora na qualidade de vida (95% CI 2,93–12,00; p=0,001) quando comparado aos grupos de pacientes que não apresentaram colonização ou mesmo colonizados por outros agentes.

 

Limitações do Estudo


– Não há relato detalhado no artigo sobre as causas dos pacientes que evoluíram para o óbito, principalmente por causa respiratória.

– Não houve padronização neste estudo sobre o método utilizado na coleta das amostras respiratórias e sobre a sua frequência. Estas limitações podem ter contribuído para uma menor taxa de colonização por PA, quando comparado aos estudos prévios sobre o mesmo tema.

– Os desfechos estudados não levaram em consideração a análise do fenótipo da PA, assim como o padrão de resistência antimicrobiana.

 

Prof. Marcos César Santos de Castro

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