The Long-Term Maintenance Effect of Remote Pulmonary Rehabilitation via Social Media in COPD: A Randomized Controlled Trial

Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro

Profissionais de Saúde

Publicado em 25 jun 2022

The Long-Term Maintenance Effect of Remote Pulmonary Rehabilitation via Social Media in COPD: A Randomized Controlled Trial


Título do Estudo


The Long-Term Maintenance Effect of Remote Pulmonary Rehabilitation via Social Media in COPD: A Randomized Controlled Trial

 

Fonte


Li Y, Qian H, Yu K, Huang Y. The Long-Term Maintenance Effect of Remote Pulmonary Rehabilitation via Social Media in COPD: A Randomized Controlled Trial. Int J Chron Obstruct Pulmon Dis. 2022; 17:1131-1142. doi: 10.2147/COPD.S360125.

 

Introdução


A reabilitação pulmonar (RP) é uma terapia não-farmacológica eficaz preconizada no tratamento de pacientes com DPOC (Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease – GOLD 2022). Os principais benefícios da RP são a melhora dos sintomas, da tolerância ao exercício, da independência e desempenho para atividades de vida diária, da função muscular e emocional, bem como da qualidade de vida. Embora os benefícios da RP tenham sido bem documentados, sua redução gradual pode ocorrer ao longo do tempo caso não haja acompanhamento adequado. Portanto, programas de manutenção devem ser fornecidos aos pacientes para aumentar e manter sua capacidade física, com impacto positivo no desempenho de atividades da vida diária e na qualidade de vida.

Nesse estudo, os autores investigaram a eficácia do uso de uma plataforma digital na melhora clínica e redução do risco de exacerbações em pacientes com DPOC.

 

Métodos


Após participarem de um programa de RP com duração de 8 semanas, pacientes com DPOC foram alocados em três grupos aleatoriamente. Grupo A: manutenção de RP com supervisão via plataforma virtual em casa; grupo B: RP ambulatorial; grupo C: cuidados habituais. A cada 3 meses e durante 12 meses de acompanhamento foram avaliados: a frequência de exacerbação aguda da DPOC, o teste de caminhada de 6 minutos (TC6), o teste de avaliação da DPOC (COPD Assessment Test – CAT) e a dispneia (escala modificada do Medical Research Council – mMRC). O acompanhamento virtual foi realizado duas vezes por semana via plataforma WeChat, desenvolvida pelos autores, incluindo a prescrição de exercícios realizada por fisioterapeuta. Os pacientes do grupo B também realizaram as sessões de exercício duas vezes por semana, porém de forma presencial. Os pacientes de todos os grupos receberam orientação nutricional e quanto ao uso correto de medicamentos.

 

Resultados


De 150 pacientes inicialmente incluídos, 140 pacientes completaram o estudo, sendo 47 no grupo A, 44 no grupo B e 49 no grupo C. Ao final de 12 meses, as melhorias clínicas da distância percorrida no TC6, CAT e mMRC foram mantidas tanto no grupo domiciliar quanto no grupo de acompanhamento ambulatorial. O mesmo não ocorreu no grupo C, de cuidados habituais, em que houve declínio nos escores dos testes realizados. Na análise multivariada, a participação em RP domiciliar e ambulatorial foram preditores independentes de menor risco para exacerbação da DPOC.

 

Mensagem Principal do Estudo


A principal contribuição desse estudo foi demonstrar que a telerreabilitação é tão eficaz quanto o acompanhamento ambulatorial/presencial de pacientes após alta de um programa de RP para prevenir as exacerbações, bem como manter ou aumentar a tolerância ao exercício e a qualidade de vida relacionada à saúde. Considerando que os serviços de RP não estão amplamente disponíveis em países de baixa e média renda, como o Brasil, a telerreabilitação pode ser uma alternativa viável e eficaz para o acompanhamento de pacientes que não podem comparecer à serviços ambulatoriais, seja por indisponibilidade desses serviços, dificuldade de deslocamento ou outras questões de ordem econômica ou social.

 

Limitações do Estudo


Não houve cegamento quanto às intervenções realizadas. Os pacientes receberam informações gerais sobre a alocação e a intervenção relacionada. Em segundo lugar, o CAT consiste numa avaliação pouco abrangente em comparação com outros questionários, como o St George’s Respiratory Questionnaire (SGRQ). Terceiro, as aplicações de tecnologia não eram familiares a pacientes idosos com DPOC, dificultando as avaliações remotas.

 

Prof. Fernando Guimarães
Departamento de Fisioterapia Respiratória

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