Publicado em 24 nov 2022
THIAGO SILVA: vitória sobre a tuberculose
Em 2005, por causa de tuberculose, o ex-capitão da Seleção Brasileira de futebol Thiago Silva, do PSG, da França, quase parou de atuar, aos 21 anos, quando estava no Dínamo de Moscou, após ter sido emprestado pelo Porto, de Portugal, onde provavelmente já tinha a doença em 2004. Ele ficou quatro meses longe dos campos, se submeteu a tratamento no Brasil por meio do SUS e obteve cura.
“Quem me vê correndo assim nem imagina que eu já tive tuberculose. Mas eu venci a doença e qualquer pessoa pode vencer”. Assim começa a fala de Thiago Silva no vídeo campanha do Ministério da Saúde, com ênfase na grande possibilidade de cura da doença, no quanto se torna fundamental a não interrupção do tratamento que dura, em média, seis meses, e na gratuidade desse e do teste rápido para diagnosticar tuberculose através do SUS. Além disso, a campanha visa conscientizar quanto aos graves problemas sociais decorrentes do preconceito e estigma em relação à tuberculose.
A tuberculose é uma doença infecciosa potencialmente grave causada pelo Mycobacterium tuberculosis, ou bacilo de Koch em homenagem ao seu descobridor, o bacteriologista alemão Robert Koch, em 1882. Sua transmissão ocorre de pessoa para pessoa pelo ar através de gotículas de saliva. Tem como principais sintomas tosse por mais de três semanas, com ou sem catarro, febre baixa, suor noturno, falta de apetite, perda de peso, cansaço dor no peito e, em alguns casos, sangramento das vias respiratórias. Existe também a tuberculose extrapulmonar instalada fora do pulmão em qualquer órgão e com sintomas específicos a cada um.
Outros casos no futebol
No imaginário popular, a profissão de jogador de futebol está associada à vitalidade, porém a história mostra casos de tuberculose em seus praticantes. Alguns mais recentes, que causaram certo alarme em departamentos de futebol, sobretudo no mercado sul-americano, a ponto de certos clubes passarem a adotar exames minuciosos em seus atletas. No Brasil, muitos não têm estrutura para cuidá-los e, além do mais, a maior parte dos jogadores é, segundo a CBF, bastante pobre, vive em situações precárias e alimenta-se mal, condições propícias para maior incidência de tuberculose.
Mas mesmo os clubes melhores financeiramente estão sujeitos a casos de jogadores com tuberculose. É o caso do Hannover, na Alemanha, onde se diagnosticou, no início de 2013, tuberculose em França, que pertencia ao Cricíuma e, atualmente, joga no Figueirense, ambos de Santa Catarina. A doença o afastou durante uma temporada das atividades esportivas. Três anos antes, o jogador sul-africano Emmanuel Ngobese, que atuou no United FC, morreu por colapso decorrente de tuberculose em hospital de Johannesburg. Outro caso fatal de tuberculose vitimou o jogador croata Nicola Gasdic, do Hajduk Split, em 1921, durante partida de futebol, quando a doença já estava em estágio avançado.
Link do vídeo:
https://youtu.be/UHnXf-JAONE