Uso do Ecobroncoscopia radial combinado com criobiópsia transbrônquica em pacientes com lesões parenquimatosas difusas

Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro

Profissionais de Saúde

Publicado em 21 ago 2021

Uso do Ecobroncoscopia radial combinado com criobiópsia transbrônquica em pacientes com lesões parenquimatosas difusas


Título do Estudo


Uso do Ecobroncoscopia radial combinado com criobiópsia transbrônquica em pacientes com lesões parenquimatosas difusas

 

Fonte


Fonte: 17 December 2020 – BMJ Open Resp Res 2021;8:e000826. doi:10.1136/bmjresp-2020-000826d

 

Introdução


A criobiópsia transbrônquica vem sendo utilizada para aumentar o diagnóstico de lesões parenquimatosas difusas. Trabalhos anteriores mostraram que ao realizar criobiópsia após a VATS com discussão multidisciplinar houve uma concordância de até 70,8%. A maior complicação relatada da criobiobiópsia foi de sangramento variando entre 1,8% a 47%.

O EBUS radial habitualmente é utilizado para lesões periféricas. Este trabalho visa avaliar o uso desta tecnologia para aumento do rendimento diagnóstico e redução do sangramento

 

Métodos


Estudo prospectivo multicêntrico utilizando a tomografia para localizar locais de biópsia. Após o exame de imagem é utilizado EBUS radial para avaliar presença de vasos e alterações que indique acometimento pulmonar como o sinal da nevasca caracterizado por um esbranquiçado com sombra acústica e o sinal denso, sinal escuro com manchas distribuídas de forma irregular. Logo após é passado o bloqueador endobrônquico (para redução de sangramento) e realizado a criobiópsia transbrônquica

O grau de confiança da patologia era em três níveis: A (definitivamente patológico), C (dificuldade em definir diagnóstico) e B que fica entre o A e C. No final os diagnósticos saiam após discussão multidisciplinar.

 

Resultados


Foram analisados 87 pacientes com doença pulmonar difusa, 49 foram submetidos ao EBUS radial. Sendo que 18 apresentavam sinal denso, 29 com sinal da nevasca e 2 sem alterações.

Não houve diferença entre o tamanho das amostras entre os pacientes com sinal denso, nevasca ou sem uso do EBUS. No entanto, níveis de confiança dos patologistas foram significativamente maiores em pacientes que tiveram sinais densos do que em pacientes que não foram submetidos ao EBUS.

O EBUS radial combinado com criobiópsia para amostras com níveis de confiança dos patologistas de A e B tiveram um rendimento diagnóstico de 83,4% em pacientes com um sinal denso e 79,3% em pacientes com um sinal de nevasca.

Os pacientes submetidos ao EBUS tiveram menor complicação em relação a sangramento comprado com aos que não realizaram

 

Limitações do Estudo


– Pequeno número de pacientes

– Viés de seleção, pois diferentes pneumologistas em cada instituição definiram a necessidade de EBUS radial

– O sinal da nevasca vista no EBUS é bem semelhante a imagem do parênquima sem alteração, o que pode reduzir o número de resultados positivos

– Não houve comparação da combinação EBUS radial e criobiópsia com biópsia cirúrgica que é o padrão ouro

 

Dr. José Luiz dos Reis Queiroz Junior

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