Publicado em 18 jan 2021
WHEN TO REFER PATIENTS WITH ADVANCED COPD TO PALLIATIVE CARE SERVICES
Título do Estudo
WHEN TO REFER PATIENTS WITH ADVANCED COPD TO PALLIATIVE CARE SERVICES
Fonte
Rebecca Strutt. Breathe 2020, 16: 200061; DOI: 10.1183/20734735.0061-2020.
Resumo do Artigo
De acordo com a OMS, a população afetada por DPOC vem aumentando nas últimas décadas, devido à contínua exposição aos seus fatores de risco e ao envelhecimento da população; ela deverá ser a terceira causa de morte até 2030. Muitos pacientes com DPOC avançado têm dispneia severa e incapacitante, e mesmo assim, não têm acesso a cuidados paliativos, principalmente em países em desenvolvimento. Mesmo em regiões onde o acesso é bom, pacientes são pouco referidos ao serviço, por dificuldades médicas no prognóstico desses doentes e sua relutância em falar sobre cuidados de fim de vida. Um estudo na Austrália mostrou que 68% de pacientes com câncer de pulmão receberam cuidados paliativos, enquanto apenas 8% de pacientes com outras patologias o receberam; resultados que podem ser extrapolados a outras regiões.
Importância do Tema
Cuidados paliativos são uma abordagem que melhoram a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares face a problemas associados a doenças incuráveis, através da prevenção e alívio do sofrimento, com sua identificação precoce, e tratamento adequado de dor ou outras condições, além dos cuidados psicossociais e espirituais. Se a dispneia persiste a despeito de adequado tratamento, se a expectativa de vida do paciente é próxima de 6 meses, ou se o mesmo vem apresentando sucessivas admissões em hospital em curto período de tempo, esse paciente deve ser referenciado para um serviço de cuidados paliativos. Diversos guidelines encorajam o referenciamento de pacientes a esses serviços, na medida em que evoluem com a doença em estágio terminal.
Limitações
A estrutura direcionada a cuidados respiratórios (que deve incluir reabilitação pulmonar) geralmente não está presente nos serviços de cuidados paliativos, que tradicionalmente cuidam de pacientes oncológicos; dificuldades dos profissionais médicos em falar sobre finitude e tratativas de fim de vida; falta de uma avaliação prognóstica objetiva (“meu paciente tem menos de 6 meses de vida?”).
Dra. Mônica Flores Rick